quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cannondale Flash F2 Lefty 19" 2011

Cannondale Flash F2 Lefty 19" 2011
Ups:
Cassete / trocador / câmbio diant. / tras. Sram X9 2 x 10
Freio Avid Ultimate branco
Corrente KMC titanium coated
Mesa Cannondale OPI
Pedivela FSA Afterburner 2 x 10

Quadro, rodas, amortecedor, guidão e canote originais.
Menos de 1.000 Km de uso
 10.7 Kg
TODAS AS MARCAS E PIQUES DA PINTURA NAS FOTOS 


R$ 6.800,00 




























quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fora(s) do ar...


 


   Pedalo há mais de 20 anos. Parei, recomecei e abandonei várias vezes, nesse tempo. Vi a evolução das bikes BMX, depois a evolução das MTB, bem como as de speed, mas confesso que meu foco sempre foi o MTB e a liberdade que ele dá, os lugares que ele proporciona conhecer, as amizades que ele me fez ter... Nestes anos, pude ver a evolução do esporte, a evolução das bicicletas com um todo, a tecnologia se transformando e moldando os ciclistas, bem como ás suas “magrelas”, cujos valores se tornaram bem “gordos”.

   Sempre admirei quem pedala por amor, por esporte, mesmo abominando os doppings e os fracos que se submetem a isso, e acompanhei a revolução de não se pedalar somente por esporte, mas por que se gosta, mesmo. Quando era guri, pouco se viam os pedalantes por amor, fora os reais apaixonados, que viviam em cima da bike, pra cima e para baixo... eu era visto como “guri”, mesmo depois de me tornar adolescente, por amar as duas rodas, no verão e no inverno, e era até criticado. Não ligava, a bicicleta me levava a lugares que eu não ia com quatro rodas... pra mim, era o paraíso...

   Hoje, os tempos são outros. Já se pedala pra salvar o planeta, pra reduzir a emissão de gases poluentes, já se “pensa” a pedalada. Acho fantástico que a minha 1ª paixão, a bicicleta, tenha evoluído e tenha dado este salto, sendo colocada no altar da sustentabilidade. Esse é o lugar dela!

   Como os incentivos, pelo poder público, são sempre no sentido de termos mais carros atravancando o caminho, pois bicicleta não paga IPVA, pedágio, etc., começaram a aparecer as ciclovias, ciclofaixas e outras ciclos que não tem nada nem de uma, nem de outra... o poder público, em alguns casos, faz a tal ciclocoisa de forma equivocada, sem planejamento. Realmente, uma obra sem inclusão, sem ouvir o ciclista, enfim, um grande equívoco...

   É lógico que haverá uma evolução destas ciclocoisas e outras já funcionam como ciclovias de verdade, Sabemos de países da Europa e lugares aqui do Brasil onde a mobilidade através da bicicleta é um sucesso. Admito que é mais na Europa, mas podemos e vamos aprender com os exemplos deles...

   Aqui, na minha cidade, foi feita uma ciclovia. Mal feita. Uma ciclovia que não está sendo aproveitada e que, na época, alguns ciclistas gritaram a plenos pulmões que era uma obra mal feita e totalmente dispensável. Hoje, esta ciclovia destina-se ás pessoas, pois não existe calçada no local, então os caminhantes tomaram seu lugar. O engraçado nesta história é que já me disseram que a ciclovia não é ocupada pelo ciclista porque ele não quer, que a culpa de não ter dado certo é do próprio, não de uma malfadada ciclovia mal planejada e eleitoreira, inaugurada com alarde de mega estrutura...

   Agora, estão terminando uma ciclofaixa. Novamente, mal planejada e mal executada, ás vésperas de uma eleição, pra pegar desprevenido o eleitor que não entende de mobilidade urbana e que certamente vai achar que nós, os loucos de sempre, estamos esbravejando ódio contra tudo que o poder público faz... basta ter neurônio (sim, só um) pra saber que não é isso.

   O debate se acalorou, colocando ciclistas em ambos os lados, o que, para o processo democrático, é válido e vital. 

   No debate, posicionaram-se vários grupos, e deles, saíram outras ramificações... então, pude perceber que o brasileiro não tem nada porque não merece, porque não consegue se agrupar, porque não consegue ser humilde! Nos debates, pseudo-pensadores se colocaram como juízes, atacando de forma imbecil e imprudente os ciclistas que usam roupas coloridas, bicicletas caras ou coisas da moda. Puseram-se, ainda, alguns ciclistas “das antigas”, como acusadores e carrascos dos que eles consideram menos importantes por não pensarem como eles ou serem ameaças ao seu modo de viver, se colocando como “donos da bola”, por serem ciclistas mais antigos e assim donos da verdade. Se travestiram de ignorância, a ponto de se auto proclamarem iniciadores e líderes de movimentos maiores que qualquer um de nós... se achando sábios, se expuseram como tolos. Cerceando a livre-iniciativa, o livre-pensamento, o livre agir, pensar e sentir, os tolos cerceiam a LIBERDADE. Evocaram suas pedaladas, suas viagens, suas aventuras, SUAS e de mais ninguém. SUAS e somente SUAS, pois ninguém, para esse grupo, tem o direito de opinar em contrário, de ter voz, pois se elegeram “chefes” da coisa, “donos” do pedaço. Pobres vidas que levam, para ter que humilhar companheiros para poderem se exaltar... com certeza, são almas pobres, personalidades fracas...

   Abomino toda e qualquer castração de liberdade. Opino, me posiciono, esbravejo, mas é indispensável refrear a língua, ponderar, pensar realmente, coisas que os debates nos mostraram faltar a alguns... infelizmente, a multidão vai atrás, se tornando massa de manobra, a arma preferida dos déspotas... o poder fascina, corrompe. Todo o poder, até o ínfimo, pequeno, irrisório...

   Não, isso tudo não foi pra falar de ciclovias, ciclofaixas, ciclocoisas... foi pra lamentar que sejamos tão desunidos e tão ignorantes no que se trata de pessoas e liberdades. Foi pra lamentar mais uma vez que o “todo” não pode participar, somente quem tem a carteirinha do clube e que não seja, a priori, contra, questionador, pensante e que não use roupas coloridas da moda... ah! e que seja antigo, pois os novos não tem valor... Tolos! Subam em suas bicicletas e pedalem pra longe do convívio em sociedade! Ela não precisa de vocês! Ou aprendam a ouvir com humildade, isso sim é inclusão, isso sim é liderança...

   Esequiél Bovo Vieira




quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pedal As Qu4tro Estações - INVERNO

Pedal As Qu4tro Estações - INVERNO

Expedição ao Topo da Serra Geral

Boa tarde, pedaleiro(a)!

O Pedal As Qu4tro Estações - INVERNO - Expedição ao Topo da Serra Geral 2012 acontecerá nos dias 07, 08, 09 e 10 de junho, durante o feriadão de Corpus Christi.
Serão 3 dias de pedal entre as Serras Gaúcha e Catarinense. A partida será na localidade de Silveira, em São José dos Ausentes – RS e o objetivo final é o Morro Da Igreja, ponto mais alto da Serra Geral, no município de Urubici, em Santa Catarina.
Quem conhece esta região da Serra Geral, sabe que além das imagens deslumbrantes, sons inspiradores e outras sensações indescritíveis, também existem subidas, descidas, pedras, buracos (e outras atrações) que requerem algum treino...

Dia 07.06

05:00
Saída de Caxias do Sul em van/ônibus/reboque e carros de apoio.

08:30
Chegada em Silveira/cafezinho/montar as bikes.
(Não haverá lugar para um café da manhã mais elaborado, então teremos que levar nosso próprio café da manhã, ou tomá-lo antes da saída, em Caxias. No local existe uma lanchonete, mas com poucos recursos)

09:00
Início do pedal em Silveira.

Roteiro:
Silveira até Bom Jardim da Serra por estradas de pouco uso.
(O almoço será piquenique na estrada durante o pedal. Devemos levar nosso próprio almoço ou deixar no apoio...)

18:00
Chegada em Bom Jardim da Serra, chimarrão, lareira e banho quente.
(Janta em restaurante com churrasco, buffet, etc., onde será a janta oficial. Aproximadamente R$ 25,00. Se alguém quiser uma opção mais barata, existem outras opções próximo ao local de hospedagem. A hospedagem será na Pousada Santa Vitória e Hotel Planalto. Os viventes serão destinados para a pousada ou o hotel, conforme o número de leitos.)

Dia 08.06

7:00
Café da manhã no hotel ou pousada.

8:00
Início do pedal .

Roteiro:
Bom Jardim da Serra até Urubici, por estradas próprias para os pedaleiros.
(O almoço será em local ermo, sem estrutura e cada um é responsável pelo seu próprio. O apoio poderá neste dia não estar presente no almoço conforme as condições da estrada...)

16:00 às 17:00
Chegada a Urubici, chimarrão, café...
(Se os pedaleiros preferirem, existem lugares para tomar um café da tarde. Padaria, casa de lanche, etcs. A pizzaria Cor da fruta, que é tradicional e também serve massas, será o local do jantar oficial. Valor a confirmar. É Á La Carte. Se for do interesse dos pedaleiros jantar na pizzaria, devem dar o nome na chegada na, pousada para fazermos a reserva. Detalhe: este local sempre lota neste período, portanto teríamos que jantar cedo. Às 19:00 ou 19:30. Hospedagem na Pousada Café no Bule )

Dia 09/06

7:30
Café

8:30
Início do pedal

Roteiro:
Urubici até Morro da Igreja ou outro topo nos arredores de Urubici.
(O almoço será piquenique no Morro da Igreja ou em qualquer outro lugar. Neste ponto, como a subida é forte, os pedaleiros estarão muito separados, então fica por conta de cada um. No ponto onde acessaremos a trilha da descida tem o Restaurante Véu de noiva, que serve um buffet a quilo e é uma opção para quem quiser comida quente. Conforme o horário, pode lotar. QUEM FIZER ESTA OPÇÃO TEM QUE SE CERTIFICAR QUE CONHECE O ACESSO À TRILHA DA SERRA DO PITU.)

16:00
Chegada de volta a Urubici, chimarrão e noite livre.
(A janta será churrasco na Pousada Café no Bule, com cerveja, refrigerante e bombons de sobremesa. Aproximadamente R$ 20,00. Hospedagem na Pousada Café no Bule)

Dia 10.06

09:30 (ou a combinar)
Retorno a Caxias, com café da manhã na pousada Café no Bule.
Almoço na estrada, a critério do grupo, conforme o horário de saída.

O PROGRAMA SAI COM QUALQUER TEMPO!!! ATÉ COM NEVE!

Inscrições:
Até o dia 31.05.2012 R$ 330,00 no ato com cheque ou dinheiro.
Ainda na mesma data limite o valor de R$ 350,00 em 3 vezes no cheque.
OBS: Após esta data, dependerá de vaga nas pousadas e no transporte.

Procedimentos:
1. Solicitar ficha de inscrição.
2. Preencher todos os dados, e assinar ficha de inscrição.
3. Entregar na GUENOA a ficha de inscrição e o valor da inscrição.
4. Vivente, se for depósito, na conta de nº 8911-7 da Agência 0486-3 do Banco do Brasil em nome de Isaac Zanonato Júnior, deverá ser enviado o comprovante e a ficha de inscrição completa para ser considerada válida a inscrição.
- Para forasteiros: Fazer depósito e enviar comprovante e a ficha de inscrição completa por -email. A assinatura destes pegaremos na saída de Caxias.

Grandes Pedaladas!

Equipe Guenoa
(54) 3213 5131 com Puca: guenoa@guenoa.com.br

https://www.facebook.com/groups/337326626328896/

sexta-feira, 9 de março de 2012

Pedal Quatro Estações 2012 Expedição Outono


Olá Ciclistas Aventureiros!

Está lançado o Pedal Quatro Estações, uma ótima oportunidade de sentir todos os climas do Sul do Brasil!

Serão quatro expedições, sendo a primeira a Expedição Outono.

Data: 14 e 15 de abril de 2012 – sábado e domingo
Horário de saída: 5 horas
Local: em frente à Guenoa
Duração da viagem ( ônibus ): aproximadamente 2,5 horas
Início da pedalada: 10h no Travessão de acesso ao corredor de Mangueira Nova.
Distância dia 14: 60 km – Nível Médio
Chegada: Pousada Aparados da Serra, com janta, pernoite e café da manhã.
Distância dia 15: 75 km – Nível Médio com desafios.
Início da pedalada no segundo dia: às 7 horas, em frente à Pousada.
Retorno à Caxias do Sul: às 22 horas aproximadamente.
Investimento: R$ 240,00 até o dia 16 de março.
Incluso : transporte (ida/volta), camiseta, janta, café da manhã e pernoite na Pousada Aparados da Serra.

OBS: inscrições efetuadas após o dia 16 de março, passarão a R$ 260,00 sem a camiseta do evento.
As vagas são limitadas.

Roteiro: pedalaremos por travessões e corredores abandonados desde o interior de Bom Jesus até Silveira no primeiro dia, até encontrar o local do pernoite, que será na Pousada Aparados da Serra, distante do ponto mais alto do Rio Grande do Sul 2Km. No dia seguinte sairemos de Silveira rumo a Serra do Rio do Rastro passando por estradas abandonadas, propriedades particulares e parque eólico.
O parque termina bem no Topo da Serra do Rio do Rastro, onde vamos encontrar a parte mais radical do percurso. Realizando a descida da mesma.

Todos os aventureiros devem levar apetrechos necessários para o conforto, alimentação, hidratação, e proteção (anoraques, capa de chuva para mochila, roupa extra que podem ficar no carro de apoio).
Esta época do ano não é a mais fria, no entanto devemos encontrar temperaturas de até 5°C durante a noite, portanto devemos estar preparados!

Inscrição: devem ser efetuadas na loja Guenoa (Fone/Fax – 54 32135131) ou pelo email soldeindiada@gmail.com.

Lembrando que é necessária ficha de inscrição, termo de responsabilidade e comprovante de pagamento.

 


sexta-feira, 2 de março de 2012

Ciclista Juliana Dias é atropelada e morta na Av. Paulista

Juliana DiasJuliana Dias
 
 
Infelizmente aconteceu de novo. Na semana em que telejornais mostram o que a bicicleta pode fazer de bem a uma cidade, mais uma vítima perde a vida.
Há 3 anos foi Marcia Prado, ano passado um empresário, hoje uma amiga. 
Juliana, ou simplesmente Ju, era uma pessoa doce que tinha a utopia de sair aos sábados de bike para plantar árvores, refazer jardins da cidade e aproveitar a vida. Nos feriados partia para cicloviagens ou encontros de cicloturismo. E foi justamente no encontro do ano passado que eu a conheci.
Em meio a muvuca da rodoviária do Rio, prestes a carregar minha bike no ônibus para Santa Maria Madalena, aparece ela com a bike montada para desespero do marrento encarregado de etiquetar as bagagens. Tentei ajudar, mas ela meio no estilo pipoquinha e falando rápido deu um jeito em tudo. Logo depois já estavamos batendo papo. É sempre assim no cicloturismo, quando uma bike encontra outra os donos já tem histórias pra contar. E foram muitas, pois foram 5 horas de um pinga-pinga infernal. Ela sempre de bom humor.

Pedalamos 4 dias no Rio. Na volta prometi lhe ensinar a montar sua bike nova. Só consegui ajudar na escolha das peças. Com sua vida atribulada ela não conseguiu vir até Bertioga para fazer a montagem. Antes do carnaval eu cobrei essa falta que ia virar matéria aqui no site e ela me prometeu que depois do feriado iria vir pra aprender a cuidar da bike e ser personagem de uma outra matéria. 

É com uma sensação de vazio tremendo que estou escrevendo sobre ela para dar essa notícia: Da sua brutal morte numa rua que é símbolo de São Paulo e sinônimo de morte para ciclistas.
E como não suporto mais ver sua foto deitada no asfato e coberta por um plástico, vou fazer minha homenagem aqui com as fotos que tenho dela do encontro de cicloturismo.

Valeu Jú.

Por

Onde Pedalar

[eu queria fazer um comentário, mas não dá...]

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Foi assassinato! (Morte de ciclista hoje em São Paulo)

Entrevista na rádio CBN. Clique aqui.

[Não entendo como a sociedade foi ficar deste jeito... ]

Ciclista morre após ser atingida por ônibus na Avenida Paulista

Acidente aconteceu no sentido Consolação, perto da Rua Pamplona.
Corpo de Bombeiros e helicóptero da PM foram acionados.



bicicleta pamplona (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Acidente aconteceu próximo ao cruzamento com a Rua Pamplona (Foto: Reprodução/TV Globo)
 



Uma ciclista morreu após ser atropelada por um ônibus na Avenida Paulista, em São Paulo, por volta das 9h50 desta sexta-feira (2), segundo informações do Corpo de Bombeiros. O acidente aconteceu no sentido da Rua da Consolação da via, na altura da  Rua Pamplona.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, quatro unidades foram acionadas para socorrer a vítima. O helicóptero Águia da Polícia Militar também foi chamado para ajudar na ocorrência.

mapa ciclista paulista (Foto: Arte/G1)


Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), duas faixas da Avenida Paulista estavam bloqueadas às 12h por causa do acidente. Por conta do bloqueio, havia quase 5 km de filas no corredor Bernardino/Jabaquara, formado pela sequência das avenidas Bernardino, Vergueiro, Noé, Domingos e Jabaquara. O congestionamento ia da Alameda dos Guatas até a Avenida Paulista, altura da Rua Pamplona, onde a colisão aconteceu.
No horário, a CET recomendava aos motoristas evitarem a região da Avenida Paulista devido às filas que estavam se formando. Equipes da companhia estavam no local orientando os melhores desvios aos motoristas.
As equipes da perícia já estavam no local às 12h. A CET aguardava o término dos trabalhos para liberara a via.
Segundo o tenente coronel Benjamim, da Polícia Militar, a vítima era uma ciclista profissional de 33 anos. Ela trafegava entre a faixa preferencial do ônibus (à direita) e a faixa de carros. Às 10h50, o ônibus e o corpo da ciclista continuavam no local. O motorista e testemunhas foram levados para o 78º DP, nos Jardins, para prestar depoimento. A perícia era aguardada no local.
Em 2009, a ciclista Márcia Regina de Andrade Prado, de 40 anos, foi atropelada por um ônibus na Avenida Paulilsta, próximo ao cruzamento com Rua Pamplona.
ciclista atropelada paulista (Foto: Rosanne D'Agostino/G1) 
Segundo a PM, ciclista trafegava entre a faixa de carros e a de ônibus (Foto: Rosanne D'Agostino/G1)
 
G1 
 
[Obrigado, Globo, por falar do congestionamento que se formou. Obrigado pelo relato inútil se sobrepondo á morte de um ser humano. Obrigado. mais uma vez, mostra-nos seu caráter.]
 
 
 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Atropelador de ciclistas abandona carro e volta ao trabalho no RS


Ricardo Neis tenta retomar a rotina enquanto aguarda decisão da Justiça, que pode levá-lo a júri popular por acusação de tentativa de homicídio contra .... Foto: Tárlis Schneider/Agência Freelancer/Especial para Terra

Ricardo Neis tenta retomar a rotina enquanto aguarda decisão da Justiça, que pode levá-lo a júri popular por acusação de tentativa de homicídio contra ciclistas
Foto: Tárlis Schneider/Agência Freelancer/Especial para Terra


Mauricio Tonetto 
Direto de Porto Alegre
O funcionário do Banco Central de Porto Alegre (RS) Ricardo Neis, 47 anos, tenta retomar aos poucos uma vida anônima, mesmo que sobre seu passado recente paire imagens de ciclistas atropelados e no futuro próximo se aproxime a tensão de um júri popular. Em 25 de fevereiro de 2011, ele atingiu um grupo de ciclistas no bairro Cidade Baixa e, dias depois, foi preso. Desde então, Neis abandonou o carro, se afastou do trabalho, tentou internação psiquiátrica, enfrentou audiências, foi acusado de tentativa de homicídio pelo Ministério Público e tornou-se o símbolo de um movimento que cobra mais bicicletas nas ruas e menos automóveis. Enquanto aguarda a decisão da Justiça e teme um júri, ele retornou ao trabalho em fevereiro e desistiu de voltar a dirigir.

Veja situação das ciclovias no Brasil
"Não há interesse de que o Neis dirija novamente, pois o trauma foi grande. Ele voltou a trabalhar recentemente e tem o apoio da sua família. Todos na sua volta chegaram à conclusão de que alguma coisa houve para o Neis agir daquele jeito. Ele está ansioso com a situação e não quer o júri, por causa do abalo", relatou o seu advogado, Alexandre Luís Maziero, que também disse que o acusado fez curso de reciclagem de trânsito.
Maziero informou que o atropelador ficou um tempo afastado do trabalho após obter licença médica e tirar férias em seguida, retornando agora para "levar a vida normal". O advogado acredita que ainda faltam elementos para que a Justiça possa validar o júri. "Pedimos imagens para a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre que comprovam a agressividade dos ciclistas. Além disso, há outras diligências que precisam ser esclarecidas".

Promotora critica "enrolação"
A Justiça recebeu do MP o pedido para júri popular no dia 15 de fevereiro. Na última audiência, em dezembro de 2011, as testemunhas de Ricardo Neis "não o ajudaram", conforme a promotora Lúcia Callegari. Ela critica a "enrolação" da defesa, que estaria tentando fazer o processo "cair no esquecimento".

"Algumas testemunhas disseram 'já me incomodei com ciclistas e pensei em fazer o mesmo, mas não fiz'. A diferença é que o Neis fez. Estou aguardando a decisão da Justiça ansiosamente, pois sei que o advogado está enrolando", criticou ela. "É uma coisa muito chata isso. Talvez ele esteja tentando levar o processo ao esquecimento", completou.

Advogado promete ir ao STF
O advogado Alexandre Luís Maziero promete levar o caso até a última instância, o Supremo Tribunal Federal (STF), caso a Justiça gaúcha decida pelo júri. Conforme ele, o MP está "fazendo sua parte". "Eu não vou criticar o trabalho da promotora, até porque eu teria muita coisa para falar. Não vou entrar nesse jogo. Nós vamos apelar até o STF contra o júri, pois esse é o nosso papel", garantiu.

Já a promotora Lúcia Callegari argumentou que o caso "pode servir para inibir outros. "A gente nunca imaginou que alguém faria isso. Esperamos que o júri traga a sensação de que as pessoas não são donas das ruas. Como é vamos admitir uma ação assim? O agir é diferente do pensar. As próprias testemunhas nos deixaram bem claro isso."

Motorista atropela e foge
Um grupo de ciclistas que tradicionalmente percorre as ruas do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, foi atropelado por volta das 19h do dia 25 de fevereiro de 2011. Segundo a Polícia Militar, 100 ciclistas do movimento Massa Crítica seguiam pela rua José do Patrocínio, quando foram surpreendidos por um Golf preto na esquina com a rua Luiz Afonso. A maioria escapou do atropelamento, mas 17 ficaram feridos, sendo cinco com lesões, que foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro.

A polícia disse que o atropelamento foi intencional e que o motorista do Golf acelerou várias vezes antes de derrubar os ciclistas. Após ouvir testemunhas, os policiais conseguiram a placa do veículo e identificaram o proprietário como Ricardo Neis, 47 anos, funcionário do Banco Central.
Ricardo Neis foi preso no dia 2 de março. Em depoimento à Polícia Civil, ele alegou legítima defesa, relatando que os manifestantes agiram com violência contra seu carro. De acordo com o polícia, as vítimas foram impedidas de se defender, uma vez que o motorista avançou com seu carro enquanto os ciclistas estavam de costas, sem esperar o golpe. As testemunhas do processo já foram ouvidas e a Justiça deve decidir se Neis irá para júri popular.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pedal Quatro Estações 2012

Expedição Outono

Olá Ciclistas Aventureiros!

Está lançado o Pedal Quatro Estações, uma ótima oportunidade de sentir todos os climas do Sul do Brasil!
Serão quatro expedições, sendo a primeira a Expedição Outono.

Data: 14 e 15 de abril de 2012 – sábado e domingo
Horário de saída: 5 horas
Local: em frente à Guenoa
Duração da viagem ( ônibus ): aproximadamente 2,5 horas
Início da pedalada: 10h no Travessão de acesso ao corredor de Mangueira Nova.
Distância dia 14: 60 km – Nível Médio
Chegada: Pousada Aparados da Serra, com janta, pernoite e café da manhã.
Distância dia 15: 75 km – Nível Médio com desafios.
Início da pedalada no segundo dia: às 7 horas, em frente à Pousada.
Retorno à Caxias do Sul: às 22 horas aproximadamente.
Investimento: R$ 240 pilas até o dia 16 de março.
Incluso : transporte (ida/volta), camiseta, janta, café da manhã e pernoite na Pousada Aparados da Serra.
OBS: inscrições efetuadas após o dia 16 de março, passarão a R$ 260,00 sem a camiseta do evento.
As vagas são limitadas.

Roteiro: pedalaremos por travessões e corredores abandonados desde o interior de Bom Jesus até Silveira no primeiro dia, até encontrar o local do pernoite, que será na Pousada Aparados da Serra, distante do ponto mais alto do Rio Grande do Sul 2Km. No dia seguinte sairemos de Silveira rumo a Serra do Rio do Rastro passando por estradas abandonadas, propriedades particulares e parque eólico.
O parque termina bem no Topo da Serra do Rio do Rastro, onde vamos encontrar a parte mais radical do percurso. Realizando a descida na mesma.
• Todos os aventureiros devem levar apetrechos necessários para o conforto, alimentação, hidratação, e proteção (anoraques, capa de chuva para mochila, roupa extra que podem ficar no carro de apoio).
• Esta época do ano não é a mais fria, no entanto devemos encontrar temperaturas de até 5°C durante a noite, portanto devemos estar preparados!
Inscrição: devem ser efetuadas na loja Guenoa ou pelo email soldeindiada@gmail.com, anexando a ficha de inscrição, termo de responsabilidade e comprovante de pagamento.

Equipe Guenoa/Sol de Indiada

Esperamos por todos vocês!
  
Evandro Luis Clunc
 
 
soldeindiada.blogspot.com
soldeindiada@gmail.com / evandroclunc@gmail.com
(54) 9117-9771
 
www.guenoa.com.br
Guenoa Bikes e Apetrechos para Aventura
Fone/Fax – 54 32135131
Rua Flora Magnabosco, 306, B. São Leopoldo – Caxias do Sul – RS

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Aproveitando a energia das pedaladas

Bicicletas fornecem energia para ônibus híbridos.


Em vários lugares do mundo, tem-se começado a instalar sistemas de compartilhamento e aluguel de bicicletas como incentivo ao uso da bike como meio de transporte. Assim, não só o trânsito diminui, mas a natureza também agradece. Outra iniciativa que contribui com o meio ambiente, embora ainda seja muito tímida, são os veículos híbridos, sobretudo ônibus coletivos. E por que não unir as duas tendências?

Essa foi a ideia de Chiyu Chen, um designer que desenvolveu o conceito da bike Hybrid². Esse projeto consiste em aproveitar a energia das pedaladas para alimentar ônibus híbridos.


As estações de bicicletas ficariam próximas a paradas de ônibus, para que a energia armazenada nas bicicletas sejam transferidas aos ônibus.

O conceito de Chen é possui três elementos que completam este sistema: uma tecnologia de brecagem semi-regenerativa para as bicicletas (Hybrake), para limpar a energia perdida; guidão dobrável que funciona como uma ponte entre a bike e o bicicletário; e um suporte em H que desempenha o papel de pontos de encaixe autossustentados.

Quando conectado ao suporte, a energia armazenada no Hybrake é transferida para o bicicletário que a transfere aos ônibus híbridos.

Ao pedalar de um ponto A a um ponto B, os usuários do sistema de aluguel de bike recebem créditos em cartão de viagem da cidade, que pode ser utilizado em outros sistemas de transporte público, tomando por base a compensação da energia que geram para alimentar veículos elétricos.

Se você sabe inglês, assista esse vídeo em que o designer Chiyu Chen explica a sua criação:


Por Racquel Tomaz



Acha que não tem mais idade para andar de bicicleta?


Robert Marchand, em galeria de fotos do UOL Esportes: "Teria conseguido andar mais depressa, mas não quis"










     Então espelhe-se no exemplo de Robert Marchand. Esse francês gostava de bicicletas quando adolescente, mas ficou toda a vida adulta afastado delas*. Aos 78 anos, resolveu dar nova chance ao esporte.

     Começou a treinar e logo encontrou fôlego para participar de diversos eventos e competições de ciclismo de estrada. Aos 87 anos, completou em 36h os 600 km da Paris-Roubaix. O circuito de corrida de Ardèche, na França, teve uma passagem de montanha rebatizada em sua homenagem em 2011, ano em que o evento reuniu 16 mil ciclistas. Completou os 560 km da Bordeaux-Paris por oito vezes, sendo a última aos 94 anos. E agora, três meses depois de completar 100 anos, Marchand bateu um recorde para sua idade, pedalando por uma hora em um velódromo, com uma bicicleta fixa.

     “Eu poderia continuar por mais uma hora. Me recomendaram para não elevar muito os batimentos, então não estou nem cansado”, vangloria-se Marchand, na matéria publicada no site da UCI (União Ciclística Internacional). “Você tem que se acostumar com essa roda fixa!”, afirmou, ao esclarecer que prefere circuitos abertos mas está resguardando sua saúde. Afinal, estão no inverno por lá. “Não quero pegar gripe, então estou maneirando nos treinos”.
Marchand teve uma vida ativa. Chegou a trabalhar como lenhador por algum tempo e praticou boxe, ginástica e levantamento de peso quando era mais novo. “Meu conselho a qualquer um, novo ou velho, é estar sempre em movimento”.
E você, vai ficar sentado dentro do carro ou vai ter uma vida mais ativa?
* Robert Marchand ficou toda a vida afastado ao menos do uso esportivo da bicicleta. Não conseguimos apurar se ele a utilizava em deslocamentos urbanos antes dos 78 anos, mas, vivendo na França, arriscaríamos dizer que sim. 


Vá de bike

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Motorista de ônibus que atirou ciclista na calçada foi preso.

Apesar de ter gente maluca em qualquer lugar do mundo… A impunidade absoluta só é privilégio nosso. O motorista inglês que atropelou um ciclista na cidade de Bristol foi preso e assim vai ficar por um bom tempo.


O maluco que atropelou um ciclista após uma discussão de trânsito foi preso e condenado a ficar preso por 17 meses. O ciclista quebrou uma perna e o punho, mas está bem.




Kona Entourage tested

Kona Entourage tested on pinkbike.com



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Carta de Resposta a Mônica Waldvogel do “Saia Justa”



Pessoal, o Maximilian Leisner escreveu uma carta de resposta a Sra. Mônica Waldvogel do “Saia Justa”, que falou mal de pessoas que usam a bike. Ficou extremamente bem escrita e coerente. Não deixem de ler

Por - Maximilian Frederick Leisner

Carta Aberta à Sra. Mônica Waldvogel

Prezada Sra. Waldvogel,
A semana que passou foi particularmente pesada para as pessoas que, como aquele amigo ao qual a senhora se refere no vídeo que tive a infelicidade de assistir hoje pela manhã, consideram a bicicleta como um meio de transporte, de vida saudável e de desenvolvimento urbano sustentável. Dois desses risíveis sonhadores – um com 21 e outro com 41 anos – foram atropelados e mortos em menos de 24 horas. O primeiro vítima de um motorista embriagado, e o segundo supostamente de um caminhoneiro que dormiu ao volante.

Em ambos os casos, podemos argumentar que as mortes foram acidentais, já que ninguém, por mais embriagado ou sonolento que esteja, desejaria matar uma pessoa. Logicamente que isso não exime a responsabilidade dos motoristas, e muito menos traz de volta à vida os ciclistas mortos. Mas fica, lá no fundo, aquela sensação de que se os condutores estivessem em pleno domínio de suas faculdades mentais, tudo poderia ter sido evitado.

Entra em cena – literalmente – o vídeo mencionado acima. Depois de assistí-lo várias vezes – primeiro para ter certeza de que aquilo que eu pensei ter ouvido realmente foi dito, e depois para ter certeza de que não foi desdito – minha primeira reação foi torcer para que o que vi tenha sido uma infelicidade de edição, daquelas em que só nos é mostrado o conteúdo podre, visando confundir a percepção do ouvinte ou prejudicar a imagem do interlocutor. Se esse for o caso, minha retratação virá prontamente – assim que o conteúdo integral for apresentado.

Se não for, então me vejo obrigado a estender um pouco essa cartinha, não tanto com a pretensão de que a senhora chegue a recebê-la, mas mais como catarse. Afinal, com os dois ciclistas que morreram eu só posso falar em pensamento. Para os familiares deles, não teria palavras. Mas para as suas declarações, e principalmente para o seu comportamento enquanto elas foram feitas, eu tenho muitos pensamentos, muitas palavras, e nenhum impedimento para externá-los.

Em primeiro lugar, a senhora deixa claro que em sua opinião a bicicleta não é um meio de transporte. Aí vem minha primeira dúvida: se eu vou de casa para o trabalho de bicicleta, como fazem milhares de pessoas por opção ou necessidade no Brasil e outros milhares mundo afora, e ela não é um meio de transporte, o que é então – além é claro de um obstáculo no caminho de motoristas bêbados, sonolentos e apressados? Ou de motivo de ironias, chacotas e piadas em rodinhas de bate-papo de gente inteligente e valente como a senhora, que munida apenas de um Ipod enfrenta engarrafamentos gigantescos?

Enquanto a sua resposta não vem, eu tenho a minha, inspirada nesse mesmo vídeo.

A bicicleta é a muleta do ciclista, que por sua vez é um animal com necessidades especiais de locomoção. Para esse animal, o carro, que seria a opção in, não serve. Ele realmente tem necessidades especias, tipo fazer exercício, sentir o vento no rosto, contribuir com o desenvolvimento urbano sustentável (eu sei, eu sei, isso é uma ameaça séria para os amantes de engarrafamento, mas….), diminuir a conta de combustível (eu sei, eu sei, quem pode comprar um Ipod nem sabe o preço do litro da gasolina, mas….) e outras tolices de eco-chatos e demais formas de existência nocivas ao bem estar do cidadão comum.

Na verdade, se a bicicleta não for isso, seria ótimo que passasse a ser. Porque nesse caso, de cara, duas coisas ótimas iriam acontecer:

1) na qualidade de portadores de necessidades especiais de locomoção, os ciclistas teriam direto à vagas privilegiadas em supermercados, bancos, escolas e nas ruas. E a partir daí a polícia não precisaria mais ser mobilizada para arrombar cadeados de bicicletas presas à postes de luz;
2) na qualidade de animais, os ciclistas passariam a ser protegidos por associações, instituições e similares, e poderiam trafegar pelas ruas sentindo-se assimilados pela comunidade ao invés de expurgados.

Mas, francamente, não tenho muitas ilusões a esse respeito. Como a senhora mesmo diz, “já imaginou hi hi hi um bando de paulistanos ho ho ho indo trabalhar de bicicleta rá rá rá?” É, não dá pra imaginar. Se isso acontecesse, o Brasil – ou São Paulo ao menos – transformar-se-ia subitamente numa Amsterdam, numa Copenhagen ou numa Minneapolis – que como todos sabemos são lugares de péssima qualidade de vida, haja visto a probabilidade cada vez menor de engarrafamentos (onde escutar música então, oh céus??). E quem, em sã consciência, poderia desejar isso?

Alias, “como a senhora mesmo diz” é realmente o grande motivo que me traz ao teclado. Monica Waldvogel, quer eu concorde, goste, acredite ou não, é uma formadora de opinião. E como tal, suas palavras tem um eco que vai além do seu universo particular. O que é dito por formadores de opinião vai adiante, vai fundo, e principalmente hoje em dia, vai rápido. Ergo, pessoas que assistiram ao seu singular e risonho depoimento acerca da total inutilidade da bicicleta como meio de transporte, e por consequência da imbecilidade de quem insiste em utilizá-lo como tal, podem acabar influenciadas por esses conceitos.

E se isso acontecer, a senhora para mim é responsável por delito muito maior do que os atropelamentos acima. A senhora, ao ridicularizar o ciclismo como movimento urbano digno de respeito, atropelou não um, nem dois, mas centenas de milhares de indivíduos que usam a bicicleta por prazer ou necessidade. Sabe por que? Por que estava (até que se prove em contrário) sã! Passava no teste do bafômetro, não parecia sonolenta, e muito menos arrependida do que falou. A senhora atropelou o ciclismo e todos os ciclistas brasileiros olhando para uma câmera de televisão, sabendo que estava sendo filmada, e depois, rindo esganiçada, deu a ré e passou por cima de novo.

O seu trunfo é um só: ao contrário dos motoristas, cujo mal foi feito e não pode mais ser desfeito, a senhora tem como voltar atrás. Não precisa mudar de opinião – não é esse o ponto. A senhora pode, deve, e tem todo o direito de defender-se de engarrafamentos e da chuva dentro de um carro sequinho com som ambiente. Mas reforçar essa verdade e esse direito não implica em fazer daqueles que optam por pedalar em duas rodas a céu aberto – mesmo correndo o risco de tomar chuva (éca!) – motivo de chacota.

Acredito que o mundo seja grande o bastante para que cada um tenha garantido o seu espaço e o respeito às suas preferências. Olhando para a linha do tempo e ao redor do nosso espaço, imagino que os animais com deficiência de locomoção apoiados sobre suas muletas de duas rodas – esses bípedes defeituosos porém teimosos – acabarão transformando seu universo à imagem, por exemplo, da Holanda. Lá serão felizes, indo e vindo sob o sol ou sob a chuva, com seus meios-de-seja-lá-o-que-for. Já os membros da sua seita – seres que precisam apoiar-se em quatro rodas sob pena de morrerem estagnados – os poderosos e indestrutiveis quadrúpedes – serão eternamente felizes em lugares como Bangladesh, Cidade do Cairo ou – para que ir tão longe afinal – a marginal Pinheiros em 2012 num dia de chuva.

Amanhã, apesar do medo, da tristeza e de um certo inconformismo, vou pedalar. Quem sabe quando voltar para casa não encontrarei na caixa de mensagens um outro vídeo seu, que embora não traga de volta os ciclistas mortos terá o poder indescritível de restaurar a dignidade que as suas palavras e atitudes roubaram daqueles que ficaram e dos que ainda virão.
Sem mais,

Maximilian Frederick Leisner

Ciclista amador, pai de família e, por hora, cidadão inconformado


Santa ignorância... Infelizes comentários dessa apresentadora do "Saia Justa" | PraQuemPedala

NUNCA vi um assunto relevante neste programa... É bem compreensível o sucesso destas imbecis que ganham para falar bobagem... e tbém pq o BBB é líder de audiência... Se estivessem na Europa, estas opiniões seriam ridículas! Aqui, recebe-se como fato o q a intelectualóide vomitou...

Vi no Pra Quem pedala

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pedal pra Cascata do Carapiaí

Pedal pra Cascata do Carapiaí, Fazenda Souza - Caxias do Sul
Cabeça, Esequiél e Marcos
05/02/2012
60 Km






Que baita exemplo! Que idéia fantástica!

A banda The Ginger Ninjas resolveu sair de turnê em bicicletas, indo da Califórnia, até o sul do México. Mas não pára por aí, a energia elétrica dos shows é produzida por bicicletas pedaladas por voluntário




James Doerfling Gettin' It Done!



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Mensagem para a Massa Crítica de POA


Vou confessar, dei muitas risadas quando vi as matérias falando que o Ministério Público de Porto Alegre estava investigando a Massa Crítica da cidade. Para os desentendidos, Massa Critica, Critical Mass, Bicicletada é tudo a mesma coisa, não passa de uma coincidência organizada onde as pessoas se reúnem na última sexta feira do mês e se deslocam pelas ruas da cidade de forma não poluente.
Mas galera de Poa, será que vocês compreenderam realmente qual o significado da Massa Crítica? Quem entendeu, com certeza não está nada preocupado com a interferência do MP (que parece não ter muito o que fazer) e ainda esta rolando de rir com a tentativa do MP e da EPTC em tentar controlar a Massa Crítica. Agora os ciclistas que aceitaram um encontro com o pessoal da EPTC e MP para conversar sobre a Massa Crítica, estão cometendo erros gravíssimos.
Primeiro que nesse momento NINGUÉM tem que falar em nome da Massa Crítica. Se eu fosse de Poa até criaria um email fake e divulgaria a senha nas listas de discussão de vocês. O email poderia ser liderdamassacriticapoa@gmail.com, por exemplo. Então qualquer pessoa poderia usar o email e mandar mensagens para os “órgãos competentes”. Qualquer mensagem mesmo, seja uma sugestão de como deveria ser a ação da EPTC durante a Massa Crítica, ou mesmo mandar umas receitas de bolo da Ana Maria Braga.
A partir do momento em que uma pessoa responde o poder público, já está cometendo uma cagada gigantesca. Se alguém resolve sentar numa mesa com EPTC e MP, essa pessoa esta cometendo uma burrice sem tamanho!
Lembro do WNBR de 2008 em São Paulo, na época era responsável pelo site CicloBR e publiquei nele uma chamada para a Pedalada Pelada. Como muitos canais de mídia divulgaram meu link, recebi centenas de mensagens como se eu fosse o organizador do evento e até um email da PM pedindo mais “informações” sobre o evento.
Na época lembro que “o trouxa aqui” jogou a mensagem na lista da Bicicletada(SP) pedindo conselhos sobre o que fazer. Muitos disseram que era pra eu responder o email, dizendo que não era o organizador, que era um movimento horizontal, bla, bla, bla. “O trouxa aqui” fez exatamente isso. Respondi, troquei vários emails com os PMs, mensagens sem ameaças, bem simpáticas, sentia até que dava para confiar nos PMs (tolinho). Lembro que dias depois, quando já havia respondido o email, outro amigo disse que se fosse ele, teria ignorado, dito que ficou preso no anti-spam, mas jamais responderia. Era isso que deveria ter feito.
O PM pediu até para eu passar meu número de celular para conversarmos melhor e na maior boa vontade do mundo passei meu número. No dia da pedalada, o Major da PM me ligou, viu minha cara, conversou comigo na praça, venho com aquele papinho de puta pra delegado (que estavam lá para nos proteger, blá, blá, blá…) e o trouxa aqui caindo na conversa como um patinho.
Quando iniciou a pedalada, todo mundo começou a tirar a roupa e nada da polícia fazer algo. Já estávamos na Brigadeiro, uns 2 quilômetros da Praça do Ciclista e deveria haver uns 50 pelados no meio da massa. Como percebi que a PM não fazia nada, achei que estávamos em Londres, onde a PM acompanha a pedalada para proteger os ciclistas, então tirei minha tanga ficando como vim ao mundo e o que aconteceu logo em seguida? Não demorou cinco minutos e o Major Tomada aparecer em minha frente dizendo que eu estava preso, mesmo rodeado por uns 20 ciclistas nus. A Falzoni até disse “Se ele está preso eu também estou” e a resposta do Major foi “Você não!”

Meses depois a CET de São Paulo ainda mandou uma multa de R$1.200,00 para minha casa, só porque eles consideraram que eu fui o organizador do evento “não autorizado”. Claro que a multa foi cancelada, minha prisão não deu em nada e até que no final das contas, todos esses acontecimentos serviram para a prefeitura se tocar de que o melhor é estar do nosso lado do que ser contra.
Houve também uma tentativa torpe, até com a ajuda de setores da mídia convencional de tentar desqualificar o movimento, mas nesse mundo conectado em que vivemos hoje, as mentiras não duram tanto tempo assim, portanto não vejo isso também como um grande problema. Agora não sei se vale a pena passar por um desgaste tão grande e desnecessário como eu passei. Antes eu seguisse a ferro e fogo a principal diretriz da Bicicletada, a de que NINGUÉM pode falar em nome dela.
Se eu pudesse deixar um conselho para a galera de Poa seria uma só. Tirem onda da cara das autoridades sem dó. Esse povo de mente hierarquizada tem uma dificuldade enorme para compreender como um movimento horizontal consegue funcionar. Eles realmente acreditam que há alguém manipulando os ciclistas. Sim, eles criam suas teorias da conspiração, acham que é coisa do PT (se o governo é do PT acham que é do PSDB) e por aí vai, então deixem eles aprenderem na marra.
Uma ideia é fazer como na Bicicletada Interplanetária, a galera imprimiu várias camisetas de “vice-líder” e distribuíram entre os ciclistas. Imaginem a cena de alguém perguntando “Quem é seu líder” e a galera respondendo “Não sei, mas eu sou o Vice-Lider”. Daí outro “Eu também, eu também”…


Outra sugestão, podem seguir o exemplo da galera de Sampa e vocês podem eleger um líder da Bicicletada, aqui todo mundo sabe que o Líder da Bicicletada é o Joaquim. Não conhecem o Joaquim? A foto abaixo foi tirada em um Pedal Verde especial, contra a retirada das árvores da Marginal Tietê para a criação de mais uma pista de carros. Mandei essa foto no meu Twitter e escrevi “Prenderam o Líder da Bicicletada”.


A Bicicletada ou Massa Crítica não precisa de autorização para acontecer, bicicletas são veículos e pela lei podem circular, inclusive em massa, da mesma forma que os outros veículos poluidores podem. Aliás o CTB diz, além que os veículos maiores tem que proteger os menores, diz também que eles não podem interromper uma aglomeração, seja de pessoas ou “veículos”.
Aproveitando façam essa pergunta a EPTC, os milhares de motoristas que se manifestam diariamente nas ruas de Poa, causando paralisação da cidade, precisam pedir autorização para circular? Porque a Massa Crítica precisa?
Tirem onda galera, se divirtam com a cegueira das autoridades, um dia eles vão aprender que é possível haver uma organização ante ao aparente caos. Em diversas Critical Mass ao redor do mundo, a polícia acompanha a massa e só interfere quando algum “Neis” da vida atenta contra a massa. Em São Paulo é comum termos acompanhamento da PM em vários trechos, tanto ajudando nos bloqueios, ou nos protegendo, mas nunca tentando interferir no comportamento da Massa, até porque eles já aprenderam que qualquer tentativa de “guiar” a massa jamais funcionará.


Evitem personalizar a Massa Crítica, converse com as pessoas que na boa vontade tentam fazer isso, o melhor caminho é deixar a massa acontecer naturalmente, acreditem, um dia as autoridades locais vão se tocar e ver que é impossível controlar o incontrolável.
Boa Massa Crítica a vocês.


Relato interessante de André Pasqualini publicado no blog O Bicicreteiro: