Urge Nepal reune estrelas do esporte para causas humanitárias
A marca de produtos Urge, criada pelo campeão mundial de downhill Fabien Barel e seu sócio, começou com o projeto do evento como uma maneira de dar credibilidade a marca. Pensaram em comprar camisetas com um logotipo bonito e dar de presentes a mulheres bonitas promocionando assim a marca. Pensaram também em gastar todo o dinheiro em publicidade ou inclusive patrocinar a grandes pilotos, mas em realidade seria muito complicado conseguir que o nome Urge atingisse os mesmos postos que outros grandes nomes de capacetes.
Por isso decidiram ir mais além e tentaram ser originais para criar um bom conceito de marca. Começaram desenvolvendo os capacetes e ao fabricar o acolchoamento sem níquel (mais ecologicamente correto), sem querer entraram em estratégias de marketing meio ambiental e seguiram desenvolvendo a idéia. Criaram então um conceito de boa ação humanitária e desenvolveram um evento para arrecadar dinheiro para as causas. E através dessas boas ações criar o marketing da marca.
:: Conceito
“A idéia se baseia em organizar corridas muito difíceis que simbolizem um desafio para todos na modalidade all mountain e freeride, sempre em lugares incríveis, inacessíveis e em países que precisam de ajuda”, conta Fabian. “O primeiro evento foi no Kenia e foi tudo praticamente perfeito, com pilotos realmente excepcionais e uma grande arrecadação de fundo para essa região. Se trata de uma corrida pouco competitiva onde o companheirismo, a adaptação e o esforço imperam sobre o resultado final. A subida é sempre á pé e cada um leva sua bicicleta. E são subidas realmente duras”.
:: Nepal
“O evento era no Nepal e dessa vez foi realmente especial. Um dos pilotos acabava de adotar uma criança e por isso a organização tinha um trato direto com as organizações do país. Portanto todo o dinheiro arrecadado foi doado diretamente às pessoas da região. Com o dinheiro arrecadado (15 mil euros) se construíram 3 escolas para 170 crianças, distribuindo material escolar, mobiliário e obras em geral.”
“A corrida aconteceu no meio da cordilheira do Himalaya, rodeado de picos de quase 8 mil metros, com uma primeira subida até os 4.000 metros de altitude muito dura com uma descida cheia de trilhas até os 2.300 metros. Dormimos em barracas de camping para adaptarmos á altura, compartilhamos tudo, desde a paixão pelas bikes até um vírus intestinal. Todos experimentamos como a vontade com que vínhamos de competir e ganhar a corrida se convertiam em uma experiência muito mais profunda e emotiva. O mais importante era competir e ajudar.
Pilotos como Darren Berrecloth, Nicolas Vouilloz, René Wildhaber, Sabrina Jonnier, entre outros muitos, subiram durante 2 dias com a bike no ombro, a quase 5.000 metros de altura, até um lugar onde dar apenas uma pedalada significa perder o fôlego por completo. O ganhador foi o anfitrião da prova, Fabien Barel, seguido por Nicolas Vouilloz e René Wildhaber. Não podemos deixar de destacar a força de Sabrina Jonnier, a única mulher que agüentou essa prova tão difícil.
A expedição destaca a ação humanitária do projeto, mas não esquece do espírito de solidariedade, a natureza, o trajeto complicado e exigente, o físico e mental do desafio, a paisagem e acima de tudo as pessoas. Fazendo com que tudo isso seja uma experiência
inesquecível.
inesquecível.
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