segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cai o numero de ciclistas mortos em São Paulo

No ano de 2010 morreram na cidade de São Paulo, 49 ciclistas contra 61 mortes em 2009, uma queda de 19,7%.

Se levarmos em consideração que em 2005 foram 93, pode-se afirmar que, graças a iniciativa privada e a atitude dos cidadãos, houve uma queda de 53% fatalidades, entre 2005 e 2010, mesmo com o aumento considerável de bicicletas nas ruas.

É a teoria da Massa Crítica, quanto mais bicicletas nas ruas, mais segura é a nossa circulação.

No quesito bicicleta como lazer, graças as Secretarias Municipal dos Esportes e do Verde e Meio Ambiente, São Paulo vai bem. Em contra partida, nada de concreto visando a segurança de quem pedala com meio de transporte, foi feito, devido a omissão da Secretaria Municipal dos Transportes e da CET.

Mesmo assim o número de ciclistas nas ruas aumentou visivelmente nesses últimos meses enquanto o número de ciclistas "abatidos" nas ruas diminuiu. Ótimo!

Essa queda aconteceu mesmo sem qualquer campanha educativa por parte do Estado, no sentido de educar o motorista a dividir as ruas ou mesmo a diminuir a velocidade e afastar-se de uma bicicleta ao ultrapassá-la.

Se as ruas de São Paulo estão mais seguras deve-se as ações de cicloativistas, a imprensa que abraçou a causa, e principalmente ao cidadão motorista que passou a, mesmo sem ser coibido por multas, nos enxergar e a nos respeitar nas ruas.

Segundo a mesma pesquisa divulgada pela CET, também houve queda de morte de passageiros e motoristas (10%) e um acréscimo significativo de mortes de motociclistas.

Mesmo assim, em 2010, 1357 paulistanos morreram nas ruas de SP, 46,4% destes pedestres e 44,6% motociclistas, uma taxa altíssima se levarmos em consideração países de primeiro mundo.

Aqui vivemos uma guerra civil onde o mais fraco morre “na contramão atrapalhando o trafego” e a Secretaria de Transporte insiste em manter velocidades de até 70 km/h nas ruas da cidade e nunca multar o motorista que desrespeita os pedestres e os ciclistas,  e se omite de sinalizar a rota de pedestres de acordo.

Embora muitas vidas tenham sido poupadas, não há o que comemorar, uma vez que a política pública não dá mostras de que vai mudar o foco da fluidez dos automóveis, para a fluidez e segurança de pedestres e de ciclistas e priorizar o transporte público.

A cada dia que passa, mais calçadas são retiradas para dar mais espaço a veículos motorizados e as pontes, viadutos, direitas livres continuam sem a sinalização para pedestres e aceita-se que a preferência seja dos automóveis mesmo a lei rezando a preferencia dos pedestres.

Portanto, nada temos a comemorar e sim, aplaudir os cidadãos paulistanos que, como sempre, estão anos luzes a frente da política pública.


ESPN - Renata Falzoni 

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