quarta-feira, 27 de março de 2013

Mundo bike. Não importa o estilo...


We're all part of the club
Whether you see life in pedals and spokes
Or, you're just out for a Sunday ride
It's about freedom
It's not revolutionary
It's human powered
You've always been a cyclist
Keep moving


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Ciclista que perdeu braço ao ser atropelado revê quem o socorreu

Ele e os dois homens que prestaram os primeiros socorros se abraçaram emocionados
26 de março de 2013 | 21h 02

ANDRÉ CABETTE FÁBIO - O Estado de S.Paulo
O ciclista David Santos Sousa, de 21 anos, que perdeu o braço ao ser atropelado na Avenida Paulista, dia 10, reviu nesta terça-feira, 26, as duas primeiras pessoas que o socorreram. O encontro aconteceu no escritório de seu advogado nos Jardins, zona sul da capital, e emocionou David. "Eu estava morto. Se não fosse o Thiago, eu não estaria aqui para contar a história."
David, entre Thiago e Agenor, quer criar associação  - Ernesto Rodrigues/AE
Ernesto Rodrigues/AE
David, entre Thiago e Agenor, quer criar associação
Também muito emocionado após abraçar David, o estudante de Publicidade Thiago Chagas dos Santos, de 26 anos, lembrou que fez massagem cardíaca e improvisou um torniquete no ciclista, que teve alta do hospital no último sábado. O coordenador de Informática Agenor Pereira Júnior, de 41 anos, disse que procurou pelo braço de David na avenida, mas desistiu e concentrou forçar para tentar acalmá-lo.
David foi atingido quando pedalava rumo ao trabalho. O impacto da batida decepou seu braço, que ficou preso no Honda Fit do estudante de Psicologia Alex Siwek, de 21 anos. Siwek fugiu sem prestar socorro e atirou o braço em um córrego, o que impossibilitou o reimplante.
"Eu só lembro que vi um carro atravessando a ciclofaixa e derrubando três cones", afirmou David. Depois, ainda acordou e tateou em busca do braço. O ciclista disse que gostaria de encontrar Siwek e perdoá-lo, olhando olho no olho, mas espera que ele seja punido.
David procura atendimento fisioterápico, mas só encontrou vagas para setembro no SUS. Ele mantém o desejo de fazer o curso técnico de Segurança do Trabalho e planeja voltar a pedalar. "Esse sempre foi o meu orgulho", disse. Ele começou a articular pela internet a criação de associação de proteção ao ciclista que focaria em motoristas bêbados e já treina com o braço esquerdo para voltar a desenhar. Segundo o advogado de David, Ademar Gomes, o jovem já recebeu 10 ofertas de próteses.
Gomes reiterou que vai recorrer caso a denúncia por tentativa de homicídio com dolo eventual não seja aceita. Ele acredita que, se o crime for interpretado como culposo, a pena não deve ser maior do que o pagamento de cesta básica ou serviços comunitários.
 Fonte: Estadão 
 

terça-feira, 12 de março de 2013

Meu amigo vai colar o braço e voltar a pedalar


E eu acho que rebati de forma infantil: "Foi, mas meu amigo está bem. Foi um acidente! Ele vai colar o braço e vai voltar a pedalar comigo em breve." 



E lá se foi a criança para a escolinha com sua babá! Qual será o tema de hoje com os seus coleguinhas? Será que vai falar do braço arrancado, igual ao de um boneco de brinquedo? Não sei, mas essa criança sempre está me vendo com a galera aqui na porta do prédio. Sempre fala que eu tenho muitas roupas de super-heróis, graças ao meu estilo ciclista de vestir. E quando ela vê os carros com bikes no teto, só escuto os gritos vindos da janela gradeada. Pois é, são meus amigos de pedalada que sempre fazem esse contexto imaginário e gostoso de ver e curtir. Lógico que esta criança vai associar algo comigo! Agora não me perguntem onde ou como ela escutou tal notícia bárbara!

Eu sei muito bem que dizer que foi um acidente; e que o "meu amigo" vai "colar o braço" foi mais absurdo ainda. Mas acho que foi a melhor maneira de eu responder a ingênua frase infantil. Será que foi mesmo? Perdoem-me todos ciclistas e, principalmente os pediatras e psicólogos, estas duas últimas não são da minha formação. Coitados da academia dos psicólogos, o atropelador será um. Será mesmo? Acho que vai!

O que dizer? Foi acidente mesmo? Já estamos acostumados com esse tipo de notícia. É sempre a mesma coisa, a justiça, imprensa, manifestações, choros, revoltas estarão impregnadas e, no final, esqueci o que acontece! Mas acho que desta vez algo vai acontecer. Com certeza!

Não vou ficar aqui repetindo tudo que muitos estão falando ou julgando. O que meu mais fico indignado é saber onde estão ou estavam os verdadeiros amigos deste atropelador! Eles também voltaram para casa bêbados? Deveriam ter comentado naquela madrugada: "Fulano bebeu todas ... hahahah ... e vai voltar para casa todo torto. heheheh" . Que legal curtir e falar isso!

Agora esses amigos com certeza estão arrependidos! Um amigo que vê outro bêbado e deixa sair dirigindo é mais ignorante ainda. Ele também deveria ser punido. Mas não vai ser, porque eu sou mais um que cria "leis imaginárias" aqui no Brasil. E a família do atropelador... com certeza foi esta educação ou prevenção que eles passaram. Não adianta o governo e nem as empresas criarem propagandas legais (motorista da rodada), se os próprios amigos não cooperarem. O Brasil é o único lugar que tudo acontece e, nada acontece depois. Uma famosa terra sem lei. Não precisa nem relatar episódios.

Coitada da família do "nosso amigo" ciclista, que teve seu braço arrancado e jogado num córrego. Que atitude foi essa do atropelador? Foi digna de um "serial killer" dos famosos seriados americanizados. Mas o "CSI do Brasil" chegou junto deste vez. Os "Ciclistas Investigados da Cena do Crime" vão ficar colados neste episódio até o desfecho. Porque só a nossa classe faz acontecer com um fato destes. Somos os únicos que protestamos! Porque os demais, só querem ser alimentar com tal situação.

Mas com tudo isso que acabei de falar, só resta-me rezar por duas coisas. A primeira é que o "meu amigo" volte a pedalar e que tenha uma vida normal com ou sem prótese. E por fim, que a criança não venha me perguntar se achou o braço do "meu amigo" para colar. Porque esta resposta, com certeza eu não saberei responder! Quais dos meus amigos universitários devo consultar: pediatras ou psicólogos?

imagem


11 MAR, 2013      Guiné [mestre!]


 

segunda-feira, 11 de março de 2013

(Mais um) Atropelamento na Av. Paulista

Não foi ACIDENTE compartilhou uma foto
Veja a íntegra da declaração da médica Rachel Baptista, da equipe do Hospital das Clínicas:  “Quero manifestar a minha indignação quanto a atitude desse monstro que atropelou o ciclista na avenida paulista e que inviabilizou a chance desse menino de 21anos de tentar recuperar o braço. A nossa equipe: Dr Guilherme Barreiro, Dra Rachel Baptista, Dr Kiril Kasai, Dr Daniel dos Anjos sente muito por essa desgraça. Estávamos prontos para tentar o reimplante e infelizmente a policia juntamente com os bombeiros não conseguiram encontrar o braço no rio. O tempo de tentativa já se foi e nos restou somente a opção de limpar e suturar a ferida. O paciente esta estável e foi terminada a cirurgia.  Sou totalmente a favor da lei seca e de tolerância zero. Não há como ter brechas permitindo pessoas totalmente irresponsáveis dirigirem nestas condições. Tem que haver justiça neste pais.  Sinto muito, mas chegamos ao nosso limite. Sinto pela família e pelo paciente.  Espero que vcs divulguem e busquem mobilizar o governo para ter uma atitude incisiva na aplicação das leis e na punição dos responsáveis”   Amigos, vamos assinar: http://naofoiacidente.org/blog/assine-a-peticao/

Veja a íntegra da declaração da médica Rachel Baptista, da equipe do Hospital das Clínicas:

“Quero manifestar a minha indignação quanto a atitude desse monstro que atropelou o ciclista na avenida paulista e que inviabilizou a chance desse menino de 21anos de tentar recuperar o braço. A nossa equipe: Dr Guilherme Barreiro, Dra Rachel Baptista, Dr Kiril Kasai, Dr Daniel dos Anjos sente muito por essa desgraça. Estávamos prontos para tentar o reimplante e infelizmente a policia juntamente com os bombeiros não conseguiram encontrar o braço no rio. O tempo de tentativa já se foi e nos restou somente a opção de limpar e suturar a ferida. O paciente esta estável e foi terminada a cirurgia.

Sou totalmente a favor da lei seca e de tolerância zero. Não há como ter brechas permitindo pessoas totalmente irresponsáveis dirigirem nestas condições. Tem que haver justiça neste pais.

Sinto muito, mas chegamos ao nosso limite. Sinto pela família e pelo paciente.

Espero que vcs divulguem e busquem mobilizar o governo para ter uma atitude incisiva na aplicação das leis e na punição dos responsáveis”

Amigos, vamos assinar: http://naofoiacidente.org/blog/assine-a-peticao/





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Bicicletada Pelada

Estacionaram na ciclofaixa compartilhou a foto de Bicicletada Floripa.
Acho que a combinação bicicleta + gente pelada + respeito é demais pra cabeça de um povo doente.  Por que protestar de bicicleta pelado/a?  Não ia me incomodar em responder ou explicar para cada pessoa que, com um comentário maldoso, condenou ou julgou os/as ciclistas que no sábado, tiraram as roupas, pintaram os corpos, e foram pedalar por mais segurança, mais atenção, mais paciência no trânsito.  Parti do pressuposto de que, quem critica, lê, busca informações, faz pesquisas, e por fim, critica e dá uma sugestão, e mais, toma alguma atitude para tornar as coisas melhores.  Comentários, críticas, diferentes tipos de opiniões são sempre possíveis, são saudáveis quando não agridem homens e mulheres, são importantes para refletir sobre novos modos, novas atitudes, novos conceitos e possibilidades. Todos tem o direito de falar o que quiser, sem dúvida, mas se informem antes, por favor.  Pois então meus caros e caras, para quem só bastou chamar de putas as mulheres que mostraram os seios, e chamar de tantos outros nomes os homens que se despiram e pedalaram sob suas bicicletas, explico, carinhosamente, por quê dessa atitude.  Todo ano, milhares de pessoas morrem em decorrência de acidentes de trânsito envolvendo automóveis, todos os dias, um ciclista é desrespeitado/a, atropelado/a e morto/a. Deve ter alguma coisa de errado. Bicicleta é o meio de transporte mais limpo, mais econômico, menos barulhento, agressivo, e mais seguro do que qualquer outro. Por que tantas mortes? Por que tantos ciclistas sendo vítimas da alta velocidade e desrespeito/a por parte de motoristas?  Sou ciclista, meus amigos/as são ciclistas, muitas pessoas podem ser ciclistas, e precisamos urgentemente que mudanças ocorram no estilo de vida nas cidades, já entulhadas de carros, de poluição, barulho e violências de todos os tipos.  Protestar pelado/a é uma forma de chamar a atenção, é mostrar o quanto estamos desprotegidos frente uma sociedade habituada com o estresse e a pressa, é nos fazermos ver, agitar, mexer, perturbar quem não quer nos enxergar nos cantos das ruas. E eu te digo, é menos perturbador um ciclista pelado/a do que um atropelado/a...  Não se preocupem, pedalamos pelados/as só um dia do ano, os outros 364 estamos com roupas, refletivos, capacetes, luzes, luvas, e quando nos vir, reduza a velocidade, respeite, cuide, tenha paciência. Seja amigo/a de um/a ciclista, seja um/a também.  Agora, para quem mesmo assim continua achando que tudo não passou de uma putaria (como ouvi pessoas dizendo) uma bagunça despropositada, faço mais um convite – carinhoso também: se informe, ame seu corpo, ame sua cidade, pare de só criticar e tome atitude e coragem, e tente mudar alguma coisa que você acredita para melhor. Depois vem andar de bicicleta comigo, e me conta se foi fácil.  Texto de Gabriela Grimm.

Acho que a combinação bicicleta + gente pelada + respeito é demais pra cabeça de um povo doente.

Por que protestar de bicicleta pelado/a?

Não ia me incomodar em responder ou explicar para cada pessoa que, com um comentário maldoso, condenou ou julgou os/as ciclistas que no sábado, tiraram as roupas, pintaram os corpos, e foram pedalar por mais segurança, mais atenção, mais paciência no trânsito.

Parti do pressuposto de que, quem critica, lê, busca informações, faz pesquisas, e por fim, critica e dá uma sugestão, e mais, toma alguma atitude para tornar as coisas melhores.

Comentários, críticas, diferentes tipos de opiniões são sempre possíveis, são saudáveis quando não agridem homens e mulheres, são importantes para refletir sobre novos modos, novas atitudes, novos conceitos e possibilidades. Todos tem o direito de falar o que quiser, sem dúvida, mas se informem antes, por favor.

Pois então meus caros e caras, para quem só bastou chamar de putas as mulheres que mostraram os seios, e chamar de tantos outros nomes os homens que se despiram e pedalaram sob suas bicicletas, explico, carinhosamente, por quê dessa atitude.

Todo ano, milhares de pessoas morrem em decorrência de acidentes de trânsito envolvendo automóveis, todos os dias, um ciclista é desrespeitado/a, atropelado/a e morto/a. Deve ter alguma coisa de errado. Bicicleta é o meio de transporte mais limpo, mais econômico, menos barulhento, agressivo, e mais seguro do que qualquer outro. Por que tantas mortes? Por que tantos ciclistas sendo vítimas da alta velocidade e desrespeito/a por parte de motoristas?

Sou ciclista, meus amigos/as são ciclistas, muitas pessoas podem ser ciclistas, e precisamos urgentemente que mudanças ocorram no estilo de vida nas cidades, já entulhadas de carros, de poluição, barulho e violências de todos os tipos.

Protestar pelado/a é uma forma de chamar a atenção, é mostrar o quanto estamos desprotegidos frente uma sociedade habituada com o estresse e a pressa, é nos fazermos ver, agitar, mexer, perturbar quem não quer nos enxergar nos cantos das ruas. E eu te digo, é menos perturbador um ciclista pelado/a do que um atropelado/a...

Não se preocupem, pedalamos pelados/as só um dia do ano, os outros 364 estamos com roupas, refletivos, capacetes, luzes, luvas, e quando nos vir, reduza a velocidade, respeite, cuide, tenha paciência. Seja amigo/a de um/a ciclista, seja um/a também.

Agora, para quem mesmo assim continua achando que tudo não passou de uma putaria (como ouvi pessoas dizendo) uma bagunça despropositada, faço mais um convite – carinhoso também: se informe, ame seu corpo, ame sua cidade, pare de só criticar e tome atitude e coragem, e tente mudar alguma coisa que você acredita para melhor. Depois vem andar de bicicleta comigo, e me conta se foi fácil.

Texto de Gabriela Grimm.


Fonte:
https://www.facebook.com/BicicletadaFloripa?ref=stream 


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Bicicleta feita de papelão com apenas R$20

bicicleta de papelão por izhar gafni
Nós do Somente Coisas Legais estamos sempre procurando ideias novas feitas de materiais ecológicos. O engenheiro israelense Izhar Gafni teve a grande sacada de utilizar o papelão, um material muito resistente, para fazer uma bicicleta barata e ainda mais ecologicamente correta do que ela já!
Depois de muitos testes envolvendo tamanhos, pesos, resistência do papelão, pintura, etc; ele chegou ao seu primeiro protótipo. Izhar garante que a bicicleta é duradoura e muito resistente, e que o seu custo é inferior a 10 dólares, ou cerca de R$20 na conversão de hoje. Veja abaixo fotos e um vídeo sobre essa incrível ideia: a bicicleta de papelão.

close da bicicleta de papelãoizhar gafni trabalhando working roda da bicicleta de papelão Israeli inventor Izhar Gafni holds his cardboard bicycle in Ahituv

 

http://somentecoisaslegais.com.br

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sexta-feira, 8 de março de 2013

P29BR 29ER WOMEN'S POWER / De sedentária a Atleta do Mountain Biking e Musa do P29BR

Conheça a inspiradora história de Franciely Teixeira.
Quem acompanha regularmente o site, sabe que o P29BR se consolidou como um veículo de temática primordialmente técnica, contudo neste Dia Internacional da Mulher nada mais oportuno que mostrar um outro lado mais humano da Cultura 29er, até porque que o Ciclismo é feito de grandes personagens, muitos deles do sexo feminino, gente como Franciely Teixeira, uma mineira de Araxá que encontrou na bike um meio para mudar radicalmente de vida e espalhar entusiasmo às pessoas que cruzam seu caminho.




A história ciclística da Fran, como é carinhosamente chamada pelos amigos, começa no mês de abril de 2012, na época em razão de uma sucessão de acontecimentos inesperados, ela caminhava a passos largos para uma depressão das mais sérias. Insatisfeita com seu corpo de 76Kg e percebendo que era hora de modificar sua vida por completo, encontrou no esporte a força necessária para uma volta por cima em grande estilo. Seu primeiro passo à redenção foi adquirir uma bike, um modelo simples e, segundo ela, muito pesado. "Minha falta de conhecimento me permitia achar aquela bicicleta era perfeita para o momento, na verdade foi, com ela fiquei alguns poucos meses, até sofrer minha primeira queda", conta a nova e obstinada ciclista. Na verdade o que poderia ser um fato desanimador se converteu em força extra para seguir em frente. Apoiada pelos vários amigos ciclistas e agora devidamente apresentada ao Mountain Biking, fazia nascer sua primeira "bicicleta de verdade", batizada de Josefina, a materialização de um investimento suado, resultado de grandes e suaves prestações, conforme declarações da animada proprietária.


"No início meu principal objetivo era utilizar a bike para ocupar a cabeça nas horas vagas e emagrecer, assim comecei a pedalar pelo menos 4 vezes na semana", comenta. Araxá conta hoje com um número considerável de ciclistas bastante ativos e organizados numa associação, a ACICLA, que frequentemente promove algumas grandes e épicas pedaladas, numa delas, a Cicloromaria realizada em agosto passado, estive presente. Durante os 160Km de pedal, me chamava atenção uma garota toda simpática que pedalava forte mesmo sem um equipamento dos melhores. Não tivemos a oportunidade de conversar durante o trajeto, mas fui saber que se tratava da Fran em seu primeiro grande desafio, evento que segundo ela, transformou em relacionamento sério a recente paixão pelos pedais. Daí em diante Franciely não parou mais, vieram sua primeira vez numa etapa na Copa Internacional disputada em dupla com o amigo e técnico Rodrigo Otávio, logo depois a alegria do primeiro pódio individual já na prova seguinte. O sucesso e a felicidade proporcionada pelo esporte contrastavam com preconceito e desinformação dentro de casa. Mais uma vez a brava Fran teve que mostrar sua determinação e contar com o apoio dos sempre presente amigos para vencer esses tabus domésticos e continuar no esporte.


Aquela máxima que diz "amizade é tudo" parece valer perfeitamente para Franciely. Junto com outra grande amiga, Ana Cláudia, teve a ideia de criar o “Pedal da Luluzinha”, projeto cujo objetivo era disseminar a cultura ciclística e promover o bem estar entre as mulheres na cidade e região. "Inicialmente nossa expectativa era promover um passeio para umas 15 ou 20 mulheres. Graças a Deus e a todo nosso trabalho de divulgação, tanto nas redes sociais, quanto num grupo no Facebook que já atingiu mais de 500 membros, conseguimos trazer muitas mulheres mais para a causa e consequentemente para o esporte", comemora Fran. Mesmo enfrentando uma árdua batalha para conseguir apoios para seus eventos, hoje já são mais de 160 mulheres pedalando junto em Araxá. A experiência com o "Pedal da Luluzinha" foi tão gratificante e mobilizou tanta gente, que novas ideias não paravam de brotar na cabeça da organizadora, uma delas, o "Pedal Beneficiente de Natal", arrecadou centenas de presentes para crianças carentes. É incrível o bem que um grupo de ciclistas engajados pode fazer à sociedade como um todo.

Chega 2013 e junto com o Ano Novo mais uma conquista, desta vez a brava Josefina dá lugar à esperada Judith, uma SCOTT Scale aro 29! Buscando melhorar seu desempenho e influenciada por uma fortíssima coletividade 29er na região, a mineira com 1.71m de estatura mergulha de cabeça no Universo da Rodas Grandes. Provando novamente que o aro 29 pode ser uma escolha adequada também às mulheres.


"Atualmente não conto com a ajuda de nenhum patrocinador, o que me leva às competições é a minha paixão pelo MTB e a vontade de cada dia me aprimorar nessa atividade apaixonante, sem deixar de lado, é claro, o firme compromisso de sempre levar o ciclismo a mais e mais mulheres", comenta. Já de 29er, Fran continua sua trajetória vencedora, agora ultrapassando as fronteiras do estado de Minas Gerais, voltando a subir no pódio em Goiás e São Paulo, se arriscando com sucesso inclusive em uma prova de Triathlon. Maravilhada com a performance de sua SCOTT com Rodas Grandes, garante estar super adaptada ao novo formato.


"Consegui me encontrar no mundo do Ciclismo, atividade que já é fundamental para minha vida. Sem contar nos inúmeros benefícios que me trouxe, as histórias de cada passeio, cada pedalada, cada trilha, emoções que vou poder levar comigo para sempre. Bom seria se todos pudessem praticar uma atividade física que realmente desse prazer, assim como meu esporte me dá. Antes eu era vista como uma pessoa qualquer na minha cidade, hoje faço a diferença, sou a “Fran que pedala”, a “Fran co-criadora do Pedal da Luluzinha”, a que não tem medo de se arriscar, que treina com os homens sem ficar em desvantagem. Sou a Fran que não vai parar por aqui, quero seguir pedalando e fazendo outros pedalarem".

Em menos de um ano foram 15Kg perdidos e centenas de amigos ganhos com a ajuda da bicicleta, além de muito carisma. De sedentária com uma vida estressante, Franciely Teixeira se tornou uma ciclista séria, uma modelo requisitada, uma cicloativista atuante e acima da tudo, uma pessoa mais feliz e caridosa, capaz de se doar por uma causa e pelo bem estar do próximo.


De acordo com os dicionários, a palavra "musa" vem de uma figura feminina emblemática na mitologia grega, a mulher que servia como fonte de inspiração, exatamente como Franciely Teixeira. Sendo assim, não seria exagero dizer que essa araxaense é a Musa do P29BR e de tanta gente! Que a força desta admirável mulher sirva de exemplo e incentivo a todos nós.

O P29BR deseja a você leitora, um Maravilhoso Dia Internacional da Mulher e Keep 29eriding!

 

http://www.29er.com.br/2013/03/p29br-29er-womens-power-de-sedentaria.html

[Site do meu amigo Adil Filoso, sumidade em 29er!]

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