sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Atropelador de ciclistas abandona carro e volta ao trabalho no RS


Ricardo Neis tenta retomar a rotina enquanto aguarda decisão da Justiça, que pode levá-lo a júri popular por acusação de tentativa de homicídio contra .... Foto: Tárlis Schneider/Agência Freelancer/Especial para Terra

Ricardo Neis tenta retomar a rotina enquanto aguarda decisão da Justiça, que pode levá-lo a júri popular por acusação de tentativa de homicídio contra ciclistas
Foto: Tárlis Schneider/Agência Freelancer/Especial para Terra


Mauricio Tonetto 
Direto de Porto Alegre
O funcionário do Banco Central de Porto Alegre (RS) Ricardo Neis, 47 anos, tenta retomar aos poucos uma vida anônima, mesmo que sobre seu passado recente paire imagens de ciclistas atropelados e no futuro próximo se aproxime a tensão de um júri popular. Em 25 de fevereiro de 2011, ele atingiu um grupo de ciclistas no bairro Cidade Baixa e, dias depois, foi preso. Desde então, Neis abandonou o carro, se afastou do trabalho, tentou internação psiquiátrica, enfrentou audiências, foi acusado de tentativa de homicídio pelo Ministério Público e tornou-se o símbolo de um movimento que cobra mais bicicletas nas ruas e menos automóveis. Enquanto aguarda a decisão da Justiça e teme um júri, ele retornou ao trabalho em fevereiro e desistiu de voltar a dirigir.

Veja situação das ciclovias no Brasil
"Não há interesse de que o Neis dirija novamente, pois o trauma foi grande. Ele voltou a trabalhar recentemente e tem o apoio da sua família. Todos na sua volta chegaram à conclusão de que alguma coisa houve para o Neis agir daquele jeito. Ele está ansioso com a situação e não quer o júri, por causa do abalo", relatou o seu advogado, Alexandre Luís Maziero, que também disse que o acusado fez curso de reciclagem de trânsito.
Maziero informou que o atropelador ficou um tempo afastado do trabalho após obter licença médica e tirar férias em seguida, retornando agora para "levar a vida normal". O advogado acredita que ainda faltam elementos para que a Justiça possa validar o júri. "Pedimos imagens para a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre que comprovam a agressividade dos ciclistas. Além disso, há outras diligências que precisam ser esclarecidas".

Promotora critica "enrolação"
A Justiça recebeu do MP o pedido para júri popular no dia 15 de fevereiro. Na última audiência, em dezembro de 2011, as testemunhas de Ricardo Neis "não o ajudaram", conforme a promotora Lúcia Callegari. Ela critica a "enrolação" da defesa, que estaria tentando fazer o processo "cair no esquecimento".

"Algumas testemunhas disseram 'já me incomodei com ciclistas e pensei em fazer o mesmo, mas não fiz'. A diferença é que o Neis fez. Estou aguardando a decisão da Justiça ansiosamente, pois sei que o advogado está enrolando", criticou ela. "É uma coisa muito chata isso. Talvez ele esteja tentando levar o processo ao esquecimento", completou.

Advogado promete ir ao STF
O advogado Alexandre Luís Maziero promete levar o caso até a última instância, o Supremo Tribunal Federal (STF), caso a Justiça gaúcha decida pelo júri. Conforme ele, o MP está "fazendo sua parte". "Eu não vou criticar o trabalho da promotora, até porque eu teria muita coisa para falar. Não vou entrar nesse jogo. Nós vamos apelar até o STF contra o júri, pois esse é o nosso papel", garantiu.

Já a promotora Lúcia Callegari argumentou que o caso "pode servir para inibir outros. "A gente nunca imaginou que alguém faria isso. Esperamos que o júri traga a sensação de que as pessoas não são donas das ruas. Como é vamos admitir uma ação assim? O agir é diferente do pensar. As próprias testemunhas nos deixaram bem claro isso."

Motorista atropela e foge
Um grupo de ciclistas que tradicionalmente percorre as ruas do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, foi atropelado por volta das 19h do dia 25 de fevereiro de 2011. Segundo a Polícia Militar, 100 ciclistas do movimento Massa Crítica seguiam pela rua José do Patrocínio, quando foram surpreendidos por um Golf preto na esquina com a rua Luiz Afonso. A maioria escapou do atropelamento, mas 17 ficaram feridos, sendo cinco com lesões, que foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro.

A polícia disse que o atropelamento foi intencional e que o motorista do Golf acelerou várias vezes antes de derrubar os ciclistas. Após ouvir testemunhas, os policiais conseguiram a placa do veículo e identificaram o proprietário como Ricardo Neis, 47 anos, funcionário do Banco Central.
Ricardo Neis foi preso no dia 2 de março. Em depoimento à Polícia Civil, ele alegou legítima defesa, relatando que os manifestantes agiram com violência contra seu carro. De acordo com o polícia, as vítimas foram impedidas de se defender, uma vez que o motorista avançou com seu carro enquanto os ciclistas estavam de costas, sem esperar o golpe. As testemunhas do processo já foram ouvidas e a Justiça deve decidir se Neis irá para júri popular.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pedal Quatro Estações 2012

Expedição Outono

Olá Ciclistas Aventureiros!

Está lançado o Pedal Quatro Estações, uma ótima oportunidade de sentir todos os climas do Sul do Brasil!
Serão quatro expedições, sendo a primeira a Expedição Outono.

Data: 14 e 15 de abril de 2012 – sábado e domingo
Horário de saída: 5 horas
Local: em frente à Guenoa
Duração da viagem ( ônibus ): aproximadamente 2,5 horas
Início da pedalada: 10h no Travessão de acesso ao corredor de Mangueira Nova.
Distância dia 14: 60 km – Nível Médio
Chegada: Pousada Aparados da Serra, com janta, pernoite e café da manhã.
Distância dia 15: 75 km – Nível Médio com desafios.
Início da pedalada no segundo dia: às 7 horas, em frente à Pousada.
Retorno à Caxias do Sul: às 22 horas aproximadamente.
Investimento: R$ 240 pilas até o dia 16 de março.
Incluso : transporte (ida/volta), camiseta, janta, café da manhã e pernoite na Pousada Aparados da Serra.
OBS: inscrições efetuadas após o dia 16 de março, passarão a R$ 260,00 sem a camiseta do evento.
As vagas são limitadas.

Roteiro: pedalaremos por travessões e corredores abandonados desde o interior de Bom Jesus até Silveira no primeiro dia, até encontrar o local do pernoite, que será na Pousada Aparados da Serra, distante do ponto mais alto do Rio Grande do Sul 2Km. No dia seguinte sairemos de Silveira rumo a Serra do Rio do Rastro passando por estradas abandonadas, propriedades particulares e parque eólico.
O parque termina bem no Topo da Serra do Rio do Rastro, onde vamos encontrar a parte mais radical do percurso. Realizando a descida na mesma.
• Todos os aventureiros devem levar apetrechos necessários para o conforto, alimentação, hidratação, e proteção (anoraques, capa de chuva para mochila, roupa extra que podem ficar no carro de apoio).
• Esta época do ano não é a mais fria, no entanto devemos encontrar temperaturas de até 5°C durante a noite, portanto devemos estar preparados!
Inscrição: devem ser efetuadas na loja Guenoa ou pelo email soldeindiada@gmail.com, anexando a ficha de inscrição, termo de responsabilidade e comprovante de pagamento.

Equipe Guenoa/Sol de Indiada

Esperamos por todos vocês!
  
Evandro Luis Clunc
 
 
soldeindiada.blogspot.com
soldeindiada@gmail.com / evandroclunc@gmail.com
(54) 9117-9771
 
www.guenoa.com.br
Guenoa Bikes e Apetrechos para Aventura
Fone/Fax – 54 32135131
Rua Flora Magnabosco, 306, B. São Leopoldo – Caxias do Sul – RS

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Aproveitando a energia das pedaladas

Bicicletas fornecem energia para ônibus híbridos.


Em vários lugares do mundo, tem-se começado a instalar sistemas de compartilhamento e aluguel de bicicletas como incentivo ao uso da bike como meio de transporte. Assim, não só o trânsito diminui, mas a natureza também agradece. Outra iniciativa que contribui com o meio ambiente, embora ainda seja muito tímida, são os veículos híbridos, sobretudo ônibus coletivos. E por que não unir as duas tendências?

Essa foi a ideia de Chiyu Chen, um designer que desenvolveu o conceito da bike Hybrid². Esse projeto consiste em aproveitar a energia das pedaladas para alimentar ônibus híbridos.


As estações de bicicletas ficariam próximas a paradas de ônibus, para que a energia armazenada nas bicicletas sejam transferidas aos ônibus.

O conceito de Chen é possui três elementos que completam este sistema: uma tecnologia de brecagem semi-regenerativa para as bicicletas (Hybrake), para limpar a energia perdida; guidão dobrável que funciona como uma ponte entre a bike e o bicicletário; e um suporte em H que desempenha o papel de pontos de encaixe autossustentados.

Quando conectado ao suporte, a energia armazenada no Hybrake é transferida para o bicicletário que a transfere aos ônibus híbridos.

Ao pedalar de um ponto A a um ponto B, os usuários do sistema de aluguel de bike recebem créditos em cartão de viagem da cidade, que pode ser utilizado em outros sistemas de transporte público, tomando por base a compensação da energia que geram para alimentar veículos elétricos.

Se você sabe inglês, assista esse vídeo em que o designer Chiyu Chen explica a sua criação:


Por Racquel Tomaz



Acha que não tem mais idade para andar de bicicleta?


Robert Marchand, em galeria de fotos do UOL Esportes: "Teria conseguido andar mais depressa, mas não quis"










     Então espelhe-se no exemplo de Robert Marchand. Esse francês gostava de bicicletas quando adolescente, mas ficou toda a vida adulta afastado delas*. Aos 78 anos, resolveu dar nova chance ao esporte.

     Começou a treinar e logo encontrou fôlego para participar de diversos eventos e competições de ciclismo de estrada. Aos 87 anos, completou em 36h os 600 km da Paris-Roubaix. O circuito de corrida de Ardèche, na França, teve uma passagem de montanha rebatizada em sua homenagem em 2011, ano em que o evento reuniu 16 mil ciclistas. Completou os 560 km da Bordeaux-Paris por oito vezes, sendo a última aos 94 anos. E agora, três meses depois de completar 100 anos, Marchand bateu um recorde para sua idade, pedalando por uma hora em um velódromo, com uma bicicleta fixa.

     “Eu poderia continuar por mais uma hora. Me recomendaram para não elevar muito os batimentos, então não estou nem cansado”, vangloria-se Marchand, na matéria publicada no site da UCI (União Ciclística Internacional). “Você tem que se acostumar com essa roda fixa!”, afirmou, ao esclarecer que prefere circuitos abertos mas está resguardando sua saúde. Afinal, estão no inverno por lá. “Não quero pegar gripe, então estou maneirando nos treinos”.
Marchand teve uma vida ativa. Chegou a trabalhar como lenhador por algum tempo e praticou boxe, ginástica e levantamento de peso quando era mais novo. “Meu conselho a qualquer um, novo ou velho, é estar sempre em movimento”.
E você, vai ficar sentado dentro do carro ou vai ter uma vida mais ativa?
* Robert Marchand ficou toda a vida afastado ao menos do uso esportivo da bicicleta. Não conseguimos apurar se ele a utilizava em deslocamentos urbanos antes dos 78 anos, mas, vivendo na França, arriscaríamos dizer que sim. 


Vá de bike

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Motorista de ônibus que atirou ciclista na calçada foi preso.

Apesar de ter gente maluca em qualquer lugar do mundo… A impunidade absoluta só é privilégio nosso. O motorista inglês que atropelou um ciclista na cidade de Bristol foi preso e assim vai ficar por um bom tempo.


O maluco que atropelou um ciclista após uma discussão de trânsito foi preso e condenado a ficar preso por 17 meses. O ciclista quebrou uma perna e o punho, mas está bem.




Kona Entourage tested

Kona Entourage tested on pinkbike.com



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Carta de Resposta a Mônica Waldvogel do “Saia Justa”



Pessoal, o Maximilian Leisner escreveu uma carta de resposta a Sra. Mônica Waldvogel do “Saia Justa”, que falou mal de pessoas que usam a bike. Ficou extremamente bem escrita e coerente. Não deixem de ler

Por - Maximilian Frederick Leisner

Carta Aberta à Sra. Mônica Waldvogel

Prezada Sra. Waldvogel,
A semana que passou foi particularmente pesada para as pessoas que, como aquele amigo ao qual a senhora se refere no vídeo que tive a infelicidade de assistir hoje pela manhã, consideram a bicicleta como um meio de transporte, de vida saudável e de desenvolvimento urbano sustentável. Dois desses risíveis sonhadores – um com 21 e outro com 41 anos – foram atropelados e mortos em menos de 24 horas. O primeiro vítima de um motorista embriagado, e o segundo supostamente de um caminhoneiro que dormiu ao volante.

Em ambos os casos, podemos argumentar que as mortes foram acidentais, já que ninguém, por mais embriagado ou sonolento que esteja, desejaria matar uma pessoa. Logicamente que isso não exime a responsabilidade dos motoristas, e muito menos traz de volta à vida os ciclistas mortos. Mas fica, lá no fundo, aquela sensação de que se os condutores estivessem em pleno domínio de suas faculdades mentais, tudo poderia ter sido evitado.

Entra em cena – literalmente – o vídeo mencionado acima. Depois de assistí-lo várias vezes – primeiro para ter certeza de que aquilo que eu pensei ter ouvido realmente foi dito, e depois para ter certeza de que não foi desdito – minha primeira reação foi torcer para que o que vi tenha sido uma infelicidade de edição, daquelas em que só nos é mostrado o conteúdo podre, visando confundir a percepção do ouvinte ou prejudicar a imagem do interlocutor. Se esse for o caso, minha retratação virá prontamente – assim que o conteúdo integral for apresentado.

Se não for, então me vejo obrigado a estender um pouco essa cartinha, não tanto com a pretensão de que a senhora chegue a recebê-la, mas mais como catarse. Afinal, com os dois ciclistas que morreram eu só posso falar em pensamento. Para os familiares deles, não teria palavras. Mas para as suas declarações, e principalmente para o seu comportamento enquanto elas foram feitas, eu tenho muitos pensamentos, muitas palavras, e nenhum impedimento para externá-los.

Em primeiro lugar, a senhora deixa claro que em sua opinião a bicicleta não é um meio de transporte. Aí vem minha primeira dúvida: se eu vou de casa para o trabalho de bicicleta, como fazem milhares de pessoas por opção ou necessidade no Brasil e outros milhares mundo afora, e ela não é um meio de transporte, o que é então – além é claro de um obstáculo no caminho de motoristas bêbados, sonolentos e apressados? Ou de motivo de ironias, chacotas e piadas em rodinhas de bate-papo de gente inteligente e valente como a senhora, que munida apenas de um Ipod enfrenta engarrafamentos gigantescos?

Enquanto a sua resposta não vem, eu tenho a minha, inspirada nesse mesmo vídeo.

A bicicleta é a muleta do ciclista, que por sua vez é um animal com necessidades especiais de locomoção. Para esse animal, o carro, que seria a opção in, não serve. Ele realmente tem necessidades especias, tipo fazer exercício, sentir o vento no rosto, contribuir com o desenvolvimento urbano sustentável (eu sei, eu sei, isso é uma ameaça séria para os amantes de engarrafamento, mas….), diminuir a conta de combustível (eu sei, eu sei, quem pode comprar um Ipod nem sabe o preço do litro da gasolina, mas….) e outras tolices de eco-chatos e demais formas de existência nocivas ao bem estar do cidadão comum.

Na verdade, se a bicicleta não for isso, seria ótimo que passasse a ser. Porque nesse caso, de cara, duas coisas ótimas iriam acontecer:

1) na qualidade de portadores de necessidades especiais de locomoção, os ciclistas teriam direto à vagas privilegiadas em supermercados, bancos, escolas e nas ruas. E a partir daí a polícia não precisaria mais ser mobilizada para arrombar cadeados de bicicletas presas à postes de luz;
2) na qualidade de animais, os ciclistas passariam a ser protegidos por associações, instituições e similares, e poderiam trafegar pelas ruas sentindo-se assimilados pela comunidade ao invés de expurgados.

Mas, francamente, não tenho muitas ilusões a esse respeito. Como a senhora mesmo diz, “já imaginou hi hi hi um bando de paulistanos ho ho ho indo trabalhar de bicicleta rá rá rá?” É, não dá pra imaginar. Se isso acontecesse, o Brasil – ou São Paulo ao menos – transformar-se-ia subitamente numa Amsterdam, numa Copenhagen ou numa Minneapolis – que como todos sabemos são lugares de péssima qualidade de vida, haja visto a probabilidade cada vez menor de engarrafamentos (onde escutar música então, oh céus??). E quem, em sã consciência, poderia desejar isso?

Alias, “como a senhora mesmo diz” é realmente o grande motivo que me traz ao teclado. Monica Waldvogel, quer eu concorde, goste, acredite ou não, é uma formadora de opinião. E como tal, suas palavras tem um eco que vai além do seu universo particular. O que é dito por formadores de opinião vai adiante, vai fundo, e principalmente hoje em dia, vai rápido. Ergo, pessoas que assistiram ao seu singular e risonho depoimento acerca da total inutilidade da bicicleta como meio de transporte, e por consequência da imbecilidade de quem insiste em utilizá-lo como tal, podem acabar influenciadas por esses conceitos.

E se isso acontecer, a senhora para mim é responsável por delito muito maior do que os atropelamentos acima. A senhora, ao ridicularizar o ciclismo como movimento urbano digno de respeito, atropelou não um, nem dois, mas centenas de milhares de indivíduos que usam a bicicleta por prazer ou necessidade. Sabe por que? Por que estava (até que se prove em contrário) sã! Passava no teste do bafômetro, não parecia sonolenta, e muito menos arrependida do que falou. A senhora atropelou o ciclismo e todos os ciclistas brasileiros olhando para uma câmera de televisão, sabendo que estava sendo filmada, e depois, rindo esganiçada, deu a ré e passou por cima de novo.

O seu trunfo é um só: ao contrário dos motoristas, cujo mal foi feito e não pode mais ser desfeito, a senhora tem como voltar atrás. Não precisa mudar de opinião – não é esse o ponto. A senhora pode, deve, e tem todo o direito de defender-se de engarrafamentos e da chuva dentro de um carro sequinho com som ambiente. Mas reforçar essa verdade e esse direito não implica em fazer daqueles que optam por pedalar em duas rodas a céu aberto – mesmo correndo o risco de tomar chuva (éca!) – motivo de chacota.

Acredito que o mundo seja grande o bastante para que cada um tenha garantido o seu espaço e o respeito às suas preferências. Olhando para a linha do tempo e ao redor do nosso espaço, imagino que os animais com deficiência de locomoção apoiados sobre suas muletas de duas rodas – esses bípedes defeituosos porém teimosos – acabarão transformando seu universo à imagem, por exemplo, da Holanda. Lá serão felizes, indo e vindo sob o sol ou sob a chuva, com seus meios-de-seja-lá-o-que-for. Já os membros da sua seita – seres que precisam apoiar-se em quatro rodas sob pena de morrerem estagnados – os poderosos e indestrutiveis quadrúpedes – serão eternamente felizes em lugares como Bangladesh, Cidade do Cairo ou – para que ir tão longe afinal – a marginal Pinheiros em 2012 num dia de chuva.

Amanhã, apesar do medo, da tristeza e de um certo inconformismo, vou pedalar. Quem sabe quando voltar para casa não encontrarei na caixa de mensagens um outro vídeo seu, que embora não traga de volta os ciclistas mortos terá o poder indescritível de restaurar a dignidade que as suas palavras e atitudes roubaram daqueles que ficaram e dos que ainda virão.
Sem mais,

Maximilian Frederick Leisner

Ciclista amador, pai de família e, por hora, cidadão inconformado


Santa ignorância... Infelizes comentários dessa apresentadora do "Saia Justa" | PraQuemPedala

NUNCA vi um assunto relevante neste programa... É bem compreensível o sucesso destas imbecis que ganham para falar bobagem... e tbém pq o BBB é líder de audiência... Se estivessem na Europa, estas opiniões seriam ridículas! Aqui, recebe-se como fato o q a intelectualóide vomitou...

Vi no Pra Quem pedala

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pedal pra Cascata do Carapiaí

Pedal pra Cascata do Carapiaí, Fazenda Souza - Caxias do Sul
Cabeça, Esequiél e Marcos
05/02/2012
60 Km






Que baita exemplo! Que idéia fantástica!

A banda The Ginger Ninjas resolveu sair de turnê em bicicletas, indo da Califórnia, até o sul do México. Mas não pára por aí, a energia elétrica dos shows é produzida por bicicletas pedaladas por voluntário




James Doerfling Gettin' It Done!