terça-feira, 26 de outubro de 2010

“Pulseiras do equilíbrio”, Power Balance, não funcionam

[Como diria o padre Quevedo: "Isso non ecziste" ????]

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Segundo seus vendedores, as “pulseiras do equilíbrio” funcionam porque “contêm embutidos dois hologramas quânticos de Mylar programados com frequências que interagem naturalmente com o campo eletromagnético do corpo humano”. Mas será que funcionam mesmo?
Um estudo com 79 voluntários na Faculdade de Ciências de Atividade Física da Universidade Politécnica de Madri, Espanha, demonstrou que as pulseiras Power Balance não têm qualquer efeito sobre nosso equilíbrio. Comandado por Jesús Javier Rojo, médico e professor, o estudo envolveu estudantes e duas provas de equilíbrio, com e sem a pulseira, que foram fornecidas pelas própria companhia que as vende.
Aqui está o detalhe importante: foi um estudo “duplo cego”, onde nem os estudantes nem os realizadores do experimento sabiam quais pulseiras continham os “hologramas quânticos” e quais os tinham removidos. Isso só seria descoberto depois. Os testes de equilíbrio foram de apoio monopodal e Romberg forçado, e “uma vez terminada a tomada de dados, realizou-se um estudo estatístico para ver se havia efeito em ostentar a pulseira com ou sem o holograma ou se o efeito, se existisse, seria placebo. Os resultados indicam que a pulseira não tem nenhum efeito”, conclui Rojo em declaração ao jornal El País.
Em quase todos os países onde está sendo vendida, cientistas e médicos opinam claramente como as pulseiras do equilíbrio – que são vendidas por outras marcas também, como “Biolectik” – não funcionam. Aí se incluem Portugal (vídeo) e Austrália (em inglês).
No Brasil, o quadro do Fantástico, “Detetive Virtual”, já expôs as pulseiras e explicou os “testes de equilíbrio” usados para vendê-las:



Como nota o físico Marco Moriconi, a forma como a força é aplicada na pessoa sendo testada – seja diretamente para baixo, ou de forma inclinada – pode responder por que algumas pessoas com e sem a pulseira conseguem se equilibrar ou não. Note que esses testes não são duplo cegos: tanto a pessoa quanto o “experimentador”, que na verdade é o vendedor, sabem quando a pulseira está ou não sendo usada.
Esse truque para “diagnosticar” e manipular resultados é em verdade anterior às pulseiras do equilíbrio, e vem sendo explorado por curandeiros na forma da “Kinesiologia Aplicada” (em inglês), uma espécie de “teste de músculos” sem fundamentos científicos criada em 1964, na qual o terapeuta pode obter qualquer tipo de diagnóstico que deseje e fazer com que o paciente acredite que foi realmente diagnosticado.
Como explicar o sucesso de pulseiras que não funcionam? Marketing e muito dinheiro. Diversas personalidades internacionais como Shaquille O’Neal, Cristiano Ronaldo e mesmo esportistas brasileiros como Rubens Barrichello usam e promovem a pulseira, provavelmente em contratos de publicidade.

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Enquanto são vendidas por mais de R$80 a consumidores incautos, o preço de revenda dessas pulseiras que são nada mais que plástico barato com pequenos adesivos holográficos chega a menos de R$2.
Será preciso comprar um pacote com 200 peças para obter estes preços de um fabricante na China, mas vendendo apenas cinco pulseiras que não funcionam ao preço do consumidor final, com a ajuda de “testes de equilíbrio” usando o truque da força aplicada obliquamente, o investidor já poderá recuperar seu dinheiro e passará a lucrar com as outras 195 pulseiras para vender. Se vender todas a R$80, será um lucro de 4.000% sobre o investimento inicial.
Como fonte de renda, as pulseiras parecem funcionar muito bem.

Atualização 29/08/2010: Na última sexta-feira (27) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária suspendeu a publicidade das pulseiras “bioquânticas”. As marcas Power Balance e Life Extreme estão sendo investigadas e deverão ser processadas por publicidade irregular, segundo Ana Paula Massera, gerente de fiscalização de propaganda da Anvisa, em declaração à agência Folha.


29er DH - Protótipo Segunda Geração em Fibra de Cabono - Alex Morgan

Em particular gosto muito de projetos "Rústicos", onde estes confeccionados artesanalmente são idealizados e testados por seus "Framebuilders", isso me lembra os velhos tempos de JNA, onde eu, o Adrian e o Nelson testavamos protótipos projetados por nós. Essa segunda geração Alex Morgan foi concebida em 2009 e é mais um passo para as 29ers mostrando que os rodões além de servirem o XC de uma forma geral, também podem obter grandes resultados em outras modalidades como por exemplo no DH, e ao meu ver, poderá trazer evoluções representativas. Lógico que muitos testes e acertos ainda terão um caminho a trilhar. É sempre bom lembrar que nas diversas modalidades ciclisticas que buscam uma evolução nehuma deve estagnar em ideais retrogados. Se no Cross Country as 26" estão abrindo espaço para as 29ers, um outro exemplo vem acontecendo já há um certo tempo no BMX, as 26 estão ganhando seu espaço por lá também, e um detalhe interessante é que na categoria as bikes são equipadas com suspensão dianteira e câmbio trazeiro. Viva a "Bike Evolução", onde considero que evolução nada mais é do que um novo conceito sem preconceito.


Alex Morgan DH Segunda Geração


Rodas especialmente preparadas para descer forte e compensar um pouco da torção comum em suspensões invertidas


Cubo trazeiro com eixo de 120mm


Detalhe no avanço em uma posição negativa deixando o guidão mais baixo, sendo uma carácteristica das 29ers de DH


A suspensão dianteira WHITE Invertida também com eixo de 120mm


Suspensão trazeira FOX DHX ar (choque de 2 polegadas)


Detalhe da balança em fibra de carbono e do top tube


Esta bike foi confeccionada para testar a geometria, para em seguida iniciar sua produção e comercialização

Colaboradores no projeto: KENDA, FOX SHOX, INDUSTRY 9 e OAKLEY.
Projeto by Alex Morgan


J2R Bike Shop

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Bretelle x Bermuda

Eis o porquê usar bretelle é sempre mais vantajoso.



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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pedal de 22 de outubro


Pedal com boas (ou más) subidas.
Pra variar, - sim, lá venho eu com as reclamações denovo! - pendenga com motoristas...
Passei por três ônibus do Expresso Caxiense, todos em estrada de chão... O primeiro, descia pra Otávio Rocha, numa velocidade tão absurda que parecia que ia perder o controle a qualquer hora... pensei: ô motorista - se é que dá pra chamar o animal de motorista - imprudente! (não foi isso que eu pensei, mas não vou escrever aqui o que pensei).
Aí, já mais adiante, outro ônibus do Expresso Caxiense, numa velocidade que não era compatível com a estrada nem aqui, nem na casa da mãe do motorista... passou tão rápido por mim, que chegou a me balançar... e, a cereja do bolo! O último, me deu uma fechada, após passar quase em cima...
Que são uns motoristas de merda - esses três -, são; mas me parece que pra cumprir horário - que não são eles que fazem - os motoristas estão colocando em risco a vida dos passageiros e dos pedestres e ciclistas... algumas empresas precisam crescer e entender que o bem maior é a vida, e não os altos lucros dos bostinhas que as comandam...
Á noite, num churras lá na casa do Joacir da Estação Bike, - que por sinal estava tão bom que fez passar  a minha indignação - , o Fábio (Moto) contou da experiência no Uruguai, onde as pessoas realmente param o que estão fazendo pra saudar os ciclistas, e as crianças acenam e agitam bandeirinhas, quando o pelotão passa...
É uma infelicidade morar neste país de 5º mundo, onde o esporte é tratado desse jeito... o maldito futebol é o ópio desse povo, esporte corrompido de resultados arranjados, juízes corruptos e dirigentes ladrões (sem generalizações) Aqui, não recebemos saudações nem agitam bandeirinhas, mas falam, como falaram pra mim, num desse pedais,"Vai trabalhá!"
É duro, pra quem ama a bike como nós... mas é real! Não é por nada, que dizem que os "gringos" não trabalham pra viver, e sim vivem pra trabalhar. Aí, crescem esses nojentos, que pilotam ônibus, tiram "fino" dos ciclistas, pra tirar onda, se assustam quando entramos em algum bar, ou restaurante, e não nos vêem como atletas, ou ciclistas, mas como desocupados andando de "bici"! Não acredito que isso mude, pois de 28 anos pra cá, só vi piorar. O motorista - assumo, eu não gosto deles, ou melhor, de 80% deles - só piorou com os anos, nos respeitam cada vez menos!
Exijam seus direitos! Pelo menos, que os motoristas diminuam a velocidade quando passarem por nós, ciclistas, e que respeitem uma distância boa, quando nos ultrapassarem. 1,5 Mt, diz a lei, será que eles conseguem, ou ainda não descobriram o maravilhoso câmbio de seus carros, caminhões e ônibus, que permite diminuir e depois aumentar a velocidade?

Abraços!

Biker (mais ou menos) e motorista (dos bons!)

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Gabi: brasileira e bicicleteira!

Fiz dois posts sobre finalistas do Seoul Cycle Design Competition 2010 nas últimas semanas, mas não imaginava que a competição ainda me daria mais um post. E que post! Finalistas foram muitos, mas adivinha quem faturou o 1º lugar, a medalha de ouro, o lugar mais alto do pódio?! Uma brasileira! Isto mesmo! A Gabriela Rabelo foi a grande campeã na categoria "Cycle Fashion & Accessories Design" com seu "B1k3 plug".
Eu não vou me aprofundar em todo o conceito que envolveu o projeto, mas certamente a Gabi acertou em cheio. Muito do que ela explica em seu trabalho é exatamente o que acaba acontecendo na minha casa. Todo mundo incentiva o uso de bikes, cria "dias sem carro", blá-blá-blá, mas não pensa muito em soluções práticas e simples que possam ajudar os seres humanos "normais" a largar a preguiça e sair pedalando. Quer um exemplo?!
Se você tem uma bicicleta, onde ela fica guardada?! E se não tem e pensa em comprar uma, onde irá guardá-la?! Pois com questionamentos assim que ela descobriu ser este, o espaço físico doméstico, um dos grandes entraves de quem não usa ou não tem bicicleta.Bikes trazem sujeira nos pneus que por sua vez sujam paredes, chão, etc. Apartamentos pequenos, cada vez mais comuns, inviabilizam que se guarde de maneira adequada e sem que atrapalhe os moradores. Escadas e elevadores também são motivos de entrave para tirar as magrelas de onde estão. Enfim, motivos existem aos montes.
Sendo assim, a Gabriela desenvolveu o "B1k3 plug" (que você está vendo nas imagens), uma solução para armazenar bicicletas de forma versátil e ocupando pouco espaço em áreas externas e/ou coletivas, como quintais, estacionamentos de prédios e áreas externas de condomínios. Ele permite 3 formas de guardar as bikes, é de fácil instalação e tem espaço para prender a corrente/cadeado. Outra coisa legal é que mesmo em vagas de garagem bem pequenas, a parede pode receber dois "B1k3 plug" e guardar até 2 bicicletas.
Enfim, uma ideia simples, legal e pra lá de prática! Tanto é que deixou gente do mundo inteiro a ver navios e faturou o primeiro lugar. Parabéns Gabriela, fico muito feliz em poder fazer este Bem Legaus Nacional tão bacana! E obrigado pela dica Sara Aquino! "Premiadamente legaus"!
Link para o SCDC
 



Scott Genius LT



SCOTT 899 - BENOIT GRELIER



SRAM 2x10 - Conheça essa tecnologia de 10 velocidades para MTB

SRAM 2x10 - Conheça essa tecnologia de 10 velocidades para MTB

Postado por: Pedro Cury em 07/10/2010
Em http://www.pedal.com.br/

Conversamos com Chris Hilton durante o Eurobike 2010 para sabermos um pouco mais sobre a tecnologia 2x10 da SRAM. Essa tecnologia, introduzida no grupo XX no ano passado, torna a transmissão da bike mais simples, ao eliminar uma coroa e adicionar um pinhão ao cassete. Agora é possível obter as mesmas proporções de marcha que eram alcançadas usando-se 3 coroas e 9 pinhões, usando 2 coras e 10 pinhões.


Confira no vídeo abaixo alguns detalhes sobre essa tecnologia.

Entenda a tecnologia SRAM 2x10 from Pedro Cury on Vimeo.




Entenda a tecnologia SRAM 2x10 from Pedro Cury on Vimeo.


Entenda a tecnologia SRAM 2x10 from Pedro Cury on Vimeo.


X-Glide

Uma mudança que foi possível com esse sistema está nas coroas. No sistema de 3 coroas, a coroa do meio deve permitir mudanças de marcha para a coroa pequena e também para a coroa grande. Isso trazia um problema de projeto. E aí que entra a tecnologia X-Glide. A nova coroa do sistema 2x10 tem um projeto que foca na mudança rápida de marchas. O resultado final é que no sistema antigo existiam 4 pontos propensos a passagem de marcha, em toda a circunferência da coroa. Agora, com o X-Glide, existem 14 !!! Isso significa que passar a marcha dianteira é muito mais rápido, inclusive fazendo força no pedivela.

A tecnologia 2x10 está presente em todos os grupos 2011 da SRAM: XX, XO, X9 e X7. Existe também a opção de usar um sistema de 3 coroas e 10 pinhões para os mais puristas, porém, isso não traz as mesmas vantagens obtidas pelo sistema 2x10.


No Brasil

A SRAM é distribuida no Brasil pela Pro Parts http://www.proparts.esp.br/ e o site oficial é: http://www.sram.com/. A empresa também tem um site dedicado

a tecnologia 2x10:http://sram2x10.com


Jacus de Duas Rodas 

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domingo, 17 de outubro de 2010

Feriadão

No último feriadão da semana passada, fiz umas indiadas lá pras bandas do litoral gaúcho.

Foram 230 Km pedalados com a Scale 29, pegando a Interpraias (pra quem não sabe, é a estrada que atravessa o litoral, costeando o mar), com areia, terra de areia, calçamento - este calçamento é um verdadeiro inferno!,  asfalto e também outras estradinhas de terra de areia que costeiam e Estrada do Mar, intermináveis e pesadas... estrada de terra de areia é um bom teste pras pernas!
Pra mim, que já amava andar com bike de rodonas, foi fantástico! O fato de ter me criado numa região de serra me deixou conformado com a inexistência de planícies, então, andar com a 29 numa região totalmente plana foi demais! As 29 são um foguete em terras planas e atingem um desempenho e uma velocidade incríveis! Andei o tempo todo com a suspensão travada, isso aumentou tanto o rendimento que já penso em colocar um garfão na 29, pra ver o que dá... vou TENTAR fazer o trajeto no Gúgou Rérti, mas creio que muitas não aparecerão, sei lá...

Bom, era isso. Nada de foto, porque não tem nada de muito bonito nestas estradas, só muito pedal, mesmo!

E, como diz meu amigo Adil, Keep 29eriding!